Um numismata não deve ser conhecido como um mero “ajuntador” de moedas,
pois sua coleção deve apresentar, como muitas coisas em nossas vidas, planos e
metas a serem atingidas, assim, a coleção de cédulas, moedas ou medalhas, deve
ter resposta à seguinte pergunta:
O que exatamente e como se pretende colecionar?
Há vários modelos que pode o iniciante numismata seguir, podendo as coleções
ser organizadas de diversas formas, como passaremos a detalhar. Lembramos ainda
que a numismática também engloba o colecionismo de medalhas e em sendo assim
vamos tentar expandir os exemplos para todos os itens colecionáveis:
- por país;
- por tipo de moeda ou medalha;
- por metal (para as moedas e medalhas);
- por valor facial;
- por tema;
- por um tipo de moeda;
- por padrão monetário;
- por curiosidades;
- por período histórico;
- Por erros e defeitos
- por data de cunhagem;
Aquele que decide fazer uma coleção por tipos de moeda deve seguir um
catálogo e adquirir uma moeda de cada tipo, sem se importar com as diversas
datas cunhadas para aquele tipo.
Por exemplo: moedas do Brasil; moedas da América do Sul. Ao
escolhermos o Brasil já fizemos uma escolha do país que vamos colecionar, assim
como pode ser Alemanha, Grã-Bretanha, Portugal ou Japão. Podemos escolher outro
continente que não a América do Sul, ou grupos de países a exemplo dos
participantes do Mercado Comum Europeu ou do Mercosul, ou mesmo do antigo
Império Espanhol.
A escolha metodológica pode recair sobre o tipo de metal utilizado
para a cunhagem da moeda, por exemplo, fazer uma coleção somente de moedas de
cobre, ou uma coleção só de medalhas de latão.
Podemos combinar o metal e o país e ter uma coleção mais
especializada: uma coleção das moedas de prata do Peru ou uma coleção das
moedas de cupro-níquel da Bélgica.
O padrão monetário pode ser outro guia para a nossa coleção.
Colecionaremos apenas peças do padrão Cruzeiro, ou moedas de libras (diversos
países tem o nome de Libra para seu padrão monetário) ou escudos ou pesos.
Há aqueles que produzem coleções pelo valor facial: moedas de valor 1,
sejam cruzeiros, dólares, escudos, etc, ou valor 5, 10, 100...
Um tipo de coleção que tem se popularizado no Brasil nos últimos 10
anos é a de "960 réis" (patacões ou 3 patacas), um tipo de moeda
cunhada desde a colônia até o Império (1808 a 1834).
Um determinado período histórico também deve ser determinado como
parâmetro de coleção: Império do Brasil de 1822 a 1888; ou somente os patacões
da colônia: 1808 a 1817; ou somente moedas da Antiguidade Clássica.
Um colecionador pode decidir colecionar apenas moedas falsas ou
somente moedas carimbadas particulares ou somente regionais.
Uma das mais interessantes formas de coleção é a temática. O
colecionador decide-se por um tema específico e começa a dirigir sua atenção
para este tipo de moeda ou medalha. Um exemplo é o de moedas com figuras de
animais, ou de "cabeças coroadas", ou com efígies com
"capacetes" ou moedas com a efígie da Rainha Elizabeth II da
Inglaterra.
A temática tem sido indiscutivelmente a forma que mais se popularizou
em todos os tipos de colecionismo e não poderia ser diferente com a
numismática. As coleções temáticas costumam ficar mais vistosas e interessantes
e além da pesquisa história da origem de determinada moeda faz com o que o
colecionador adquira conhecimentos específicos sobre aquele tema escolhido,
como por exemplo, o tema animais, com uma vastidão de moedas a serem adquiridas
e estudadas.
O importante mesmo é afirmar mais uma vez a liberdade que o
colecionador tem de montar sua coleção como bem entender, não existe fórmula ou
receita para tal coisa, apenas cuidados para a conservação das peças e um
consenso sobre a classificação das peças para uma melhor comunicação entre os
colecionadores. Tal liberdade é estendida até para a cotação das peças, onde a
Lei da Oferta e Procura trata de orientar os colecionadores com o devido bom
senso no mercado.