SOLDO DE MAGNO MÁXIMO - Uma moeda carregada de história!

O soldo romano em questão pode ser datado entre 385 a 386, pertencendo ao Grande Clemente Máximo, usurpador do trono imperial. De origem hispânica, Máximo governou na parte ocidental do Império Romano entre (383-388). Ele foi proclamado imperador por suas tropas na Grã- Bretanha.

O soldo ou sólido, é uma antiga moeda romana de ouro criada por Constantino em 309, circulou longamente no Império Romano, estendendo-se até ao século X no Império Romano do Oriente. Substituiu o áureo como a mais importante moeda de ouro do império.

A denominação soldo já havia sido empregada por Diocleciano, mas era diferente da moeda emitida por Constantino. A moeda era cunhada com uma proporção de 1/72 da libra romana (4,5 gramas). Os soldos eram mais largos e finos que o áureo. Também foram produzidas moedas fracionárias do soldo, chamadas semisse (em latim: semissis meio soldo) e tremisse (em latim: tremissis, um terço do soldo).

As palavras "soldo" significa remuneração por serviços militares e "soldado" por sua vez significa homem de guerra. As palavras têm sua origem no nome da moeda romana, com a qual os soldados romanos eram pagos.

Soldo não tem como característica o pagamento por um trabalho prestado, por isso há a possibilidade do "soldo" pago ao soldado ser menor do que o salário mínimo.

Agora que você já sabe o que é soldo, voltemos nossa atenção ao soberano que está na moeda. Em 383, como comandante da Britânia, ele se revoltou contra o imperador Graciano e, depois de negociar com o imperador do oriente Teodósio I no ano seguinte, ele foi reconhecido como imperador na Britânia e na Gália - o irmão de Graciano, Valentiniano II, manteve a Itália, Panônia, Hispânia e a África. Em 387, numa tentativa de ampliar seu reino, Máximo invadiu a Itália e acabou derrotado por Teodósio na Batalha do Sava em 388. Do ponto de vista de alguns historiadores, sua morte marcou o fim da presença imperial direta no norte da Gália e da Britânia. Estas províncias, agora negligenciadas, permaneceram formalmente como parte do império, mas nenhum imperador romano (com exceção de alguns usurpadores fugazes e obscuros) avançou além de Lugduno (Lyon) depois de Máximo.

Porém, é importante lembrar que a carreira imperial de Constantino III entre 407 e 411, que foi aclamado imperador na Britânia e foi reconhecido como co-imperador pelo imperador legítimo, pode ser entendida como uma repetição da história de Máximo.



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