Um grupo de arqueólogos
israelenses descobriram 44 moedas de ouro que haviam sido escondidas em uma
parede há mais de mil anos. Todas as moedas juntas acumulam 170 gramas de peso
em ouro, também foi informado que elas foram encontradas na base de um muro de
pedra durante escavações na reserva natural de Hermon Stream, perto de Banias
(ex-Paneas), nas Colinas de Golã (território sírio ocupado pelos israelenses em
1967 e anexado por Israel em 1981). Para a numismática e para a história, o
peso em ouro não é relevante, pois as moedas estão associadas a um momento
importante da história daquela região que antes era parte do Império Bizantino
e depois ficou sob domínio muçulmano, em 635 d.C.
“O tesouro de moedas é um achado arqueológico
extremamente significativo, pois data de um importante período de transição na
história da cidade de Banias e de toda a região do Levante”, disse Eli
Escusido, diretor da Autoridade de Antiguidades de Israel (IAA, na sigla em
inglês).
Segundo a drª Gabriela Bijovsky,
da IAA, as moedas mais antigas achadas no esconderijo datam do reinado do
imperador bizantino Focas (602-610). A maioria delas era da época do sucessor
de Focas, Heráclio (610-641). As mais recentes foram feitas já na época da
conquista muçulmana da região, no final do século 7.
AMEAÇA DE GUERRA - Para Yoav Lerer, o diretor de escavações, as moedas provavelmente foram enterradas por alguém que fugia “da ameaça de guerra”. “A descoberta reflete um momento específico no tempo”, ele declarou à rede britânica BBC. “Podemos imaginar o proprietário escondendo sua fortuna sob a ameaça de guerra, esperando um dia voltar para recuperar sua propriedade. (...) Recapitulando, sabemos que ele teve menos sorte.”
A cidade de Banias é um lugar relevante para o cristianismo. Jesus disse ali ao apóstolo Pedro: “Sobre esta pedra edificarei a minha igreja”.
Fonte: Revista Planeta e BBC
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