Existe relação entre a URV e a numismática? A resposta é sim! Se você estuda essa ciência, esteja certo de que a história, arte e cenários econômicos fazem parte de uma visão global do campo numismático. Então vamos lá.
A Unidade real de valor (URV) foi a parte escritural do Real como conhecemos, cujo curso obrigatório se iniciou em 1º de março de 1994. "A" ou "O" URV, foi um índice que procurou refletir a variação do poder aquisitivo da moeda, servindo apenas como unidade de conta e referência de valores. Não havia uma moeda física e nem mesmo se tratava de uma. Como forma de acostumar a população com o vindouro plano real, a URV entrou em curso juntamente com o cruzeiro real (CR$) até o dia 1º de julho de 1994, quando foi lançada a nova base monetária nacional, o real (R$).
Instituída pela Medida Provisória nº 434, de 27 de fevereiro de 1994, (posteriormente transformada na Lei nº 8.880), foi uma etapa fundamental para a chegada do Plano Real, contribuindo positivamente para a mudança de moeda, para a estabilização monetária nacional e econômica, que não era vista a muitas décadas no Brasil. A URV foi lançada em um cenário onde não haveriam medidas de choque como confiscos, e nem congelamentos de preços ou salários.
O ministro da Fazenda responsável em gerir a equipe de economistas que planejaram a entrada do real como moeda corrente no Brasil foi o sociólogo Fernando Henrique Cardoso, que futuramente foi eleito Presidente da República em outubro de 1994. Todavia, quem era o ministro da fazenda quando se pôs em pratica o plano foi Rubens Ricupero tendo sido prosseguido por Ciro Gomes que continuou no cargo até o fim do governo Itamar Franco.
Existem teorias conspiratórias em torno da paternidade do plano que ofereceu ao Brasil o crescimento e o desenvolvimento desde o plano real, mas isso é um tema para outro artigo.
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