Em uma região da Alemanha onde o povo celta não vivia, o estado de Brandenburg, um arqueólogo voluntário da Administração da Herança do Estado de Brandenburg e o Museu de Arqueologia Estadual, Wolfgang Herkt, encontrou cerca de 41 moedas de ouro. O achado é considerado enigmático para autoridades numismáticas e pesquisadores, e também para conhecedores da cultura e história celta.
Como este povo, que se espalhou por uma grande extensão da Europa, nunca foi registrado neste local especifico na Alemanha, os arqueólogos exploram hipóteses de como as moedas acabaram em Brandenburg.
A maior aposta atualmente é de que os celtas tinham uma rede de comércio maior do que foi imaginado anteriormente e, durante a Idade do Ferro, estas moedas teriam alcançado uma área externa muito além daquelas historicamente conhecidas e imputadas ao povo celta.
Encontrar ouro em Brandenburg foi considerado um episódio raro, mas, ninguém além da raridade do metal no local, ninguém esperava por ouro celta. Um achado que estende a área de distribuição deste tipo de moedas e que força a história a reinterpretar a extensão da atuação da civilização Celta.
Os 41 artefatos fazem parte de um tipo de grupo monetário que conta com sua própria mitologia além dos celtas. As moedas foram apelidadas de “regenbogenschüsselchen" em alemão, ou copos de arco-íris (em tradução livre), por conta do formato inusitado.
As moedas
encontradas assustavam e encantavam plebeus medievais em sua época. De acordo
com os relatos antigos, as moedas conhecidas como copos de arco-íris eram,
muitas vezes, encontradas nas terras ou campos após uma intensa chuva,
desenterradas pelo próprio clima, e completamente limpos pelo mesmo motivo. Como
a lenda de que há um pote de ouro no fim do arco-íris, na crença popular, os
copos de arco-íris eram encontrados onde o arco-íris tocou a Terra.