O
Cruzeiro, entre idas e vindas foi o padrão recriado a partir do Plano Collor,
sendo que a renomeação da moeda então existente no Brasil se deu na tentativa
de conter a inflação e os problemas econômicos percebidos durante o Plano
Bresser. Um dos problemas mais preocupantes na época eram as ações judiciais que
pleiteavam reparação por perdas da moeda anterior (cruzado novo). O retorno e
adoção do cruzeiro como moeda corrente no Brasil, se deu em 16 de março de 1990
e foi findando em 31 de julho de 1993, mas tivemos algo interessante entre o
retorno e o fim do padrão.
A
NOTA EMERGENCIAL - O retorno
do padrão cruzeiro contou com uma cédula considerada emergencial e com valor facial
de 5.000 cruzeiros, Estampa B, fabricada antes da Estampa A. A nota foi
impressa com características técnicas simplificadas, tal simplificação se deu com
o objetivo de atender às necessidades urgentes da economia, logo após a edição
do plano de estabilização econômica. A nota apresenta em seu anverso a efígie
simbólica da República e o no reverso as Armas da República. E ao contrário do
que muitos pensam sobre a nota, não se trata de uma nota comemorativa, mas uma
cédula emergencial brasileira.
A NOTA DE ESTAMPA "A" - A cédula permanente seria os Cr$5.000,00 (cinco mil cruzeiros),c com efígie do Maestro Carlos Gomes, nota que circularia a partir de, 11 de junho de 1990 e permaneceria em circulação até 15 de setembro de 1994.
Observação importante - A nota "emergencial", estampa "B", não foi retirada de circulação com a chegada da estampa "A". Ambas seguiram juntas até o fim do padrão cruzeiro.
CARACTERÍSTICAS
DA NOTA – Denominada
Cr$5.000,00 (cinco mil cruzeiros), Estampa B, apresentando a temática “República”,
tendo em seu anverso a Efígie da República, e a esquerda rosácea em guilhochê[1].
Fundos de segurança resultantes da sobreposição de linhas, com efeito ótico
especial. Figura geométrica é utilizada como registro coincidente. O reverso
conta com a representação das Armas Nacionais, ladeada por composição de rosáceas
em guilhochê[1].
Como
todas as notas circuladas no Brasil, a cédula emergencial, mesmo tendo características
mais simples não deixou de lado os elementos de segurança, contando com uma
marca d’água (Efígie da República), fibras coloridas e luminescentes, fio
magnético, registro coincidente e fundos em ofsete.
O
projeto gráfico da nota foi concebido por Álvaro Alves Martins, com gravuras manuais
de Ercole Colombine. A cor predominante é verde e as dimensões da nota são; 140
x 65mm. A nota foi fabricada pela Casa da Moeda do Brasil e circulou entre 9 de
abril de 1990 até 15 de setembro de 1994.
CHANCELAS
– A cédula contou com
chancelas de Zélia Cardoso de Mello (Ministro da Fazenda) e Ibrahim Eris (Presidente
do Banco Central do Brasil).
SÉRIES
NORMAIS – A0001 a A1520
SÉRIES
DE REPOSIÇÃO – Além de ser uma nota tida como emergencial, ainda foram lançadas
notas de reposição com a mesma estampa, estas, estão sob as séries *0001 a
*0002. A cédula de reposição pode ser identificada com o asterisco que é posicionado antes do número de série.
VALOR
DE MERCADO – Muitos nos
perguntam sobre o valor de mercado das moedas e cédulas que postamos em nossos
artigos. Sempre que possível traremos aos nossos leitores essa informação.
Para
a nota de Cr$5.000,00 (cinco mil cruzeiros), dividiremos a precificação em duas
etapas. A primeira com a circulação em séries que chamaremos de “normais” e a
segunda com as séries que chamaremos de “reposição”. Também iremos utilizar as
siglas conhecidas no Brasil para classificação do estado de conservação (MBC, S,
FE).
Séries normais - 0001 a 1520 / MBC R$5,00 / S R$15,00 / FE
R$50,00
Séries de reposição - *0001 a *0002 / MBC R$20,00 / S R$40,00 / FE R$100,00
1 - Guilhochê - ornato composto de linhas, de traços que se entrelaçam ou cruzam com
simetria.
Fonte Precificação:
Catálogo Vieira, Cédulas Brasileiras, 7ª edição, 2021.