Em nosso longo caminho percorrido vimos as várias faces do padrão cruzeiro em suas belíssimas representações artísticas. No último artigo da série falamos das cédulas inspiradas em cartas de Baralho, mas você deve estar se perguntando o motivo pelo qual estamos relembrando o tema do último artigo? Explico! Estamos relembrando para complementar a série de notas que seriam introduzidas à família do cruzeiro em 1984 e 1985, dando novos ares e um novo conceito artístico ao padrão.
Para que o novo conceito de cédulas fosse lançado, primeiro seria necessário cumprir os detalhes legais por meio de dois votos em anos distintos;
No dia 20 de dezembro de 1983, o Conselho Monetário Nacional aprovaria a criação das cédulas de 10.000 (Rui Barbosa) e 50.000 (Oswaldo Cruz) cruzeiros, definindo suas características básicas. Voto CMN nº449/83 – Sessão 416
A última cédula que fecharia a nobre família teria sido a provada pelo mesmo conselho mais de um ano depois, para ser preciso, no dia 2 de maio de 1985, cuja temática homenagearia Juscelino Kubitschek na nota de 100.000 cruzeiros. Voto CMN nº197/85 – Sessão 447.
10.000
CRUZEIROS (RUI BARBOSA 1849-1923)
Uma belíssima nota trazendo em seu anverso a efígie do homenageado, tendo, à esquerda, composição representativa de sua mesa de trabalho, limitada por lombadas de livros estilizadas, dispostas verticalmente. À direita, vê-se representação do portal de sua casa, cujo elemento superior é utilizado como registro coincidente entre anverso e reverso.
Para o reverso a composição é baseada em fotografia cedida pela Casa de Rui Barbosa, mostrando o homenageado discursando na Segunda Conferência da Paz, realizada em Haia, em 1907. Ao fundo, o mapa-múndi simboliza a universalidade do evento.
O belíssimo
projeto contou com a participação do projetista gráfico, Álvaro Alves Martins,
com gravuras manuais de Czeslaw Slania e Martha Elsa Sasian Alvarado da
Fonseca. As dimensões do projeto são de 154 x 74mm, e entraram em circulação no
dia 1º de novembro de 1984, permanecendo até 15 de março de 1990.
50.000
CRUZEIROS (OSWALDO CRUZ 1872-1917)
Com anverso trazendo a efígie do homenageado, ladeada, à esquerda, por composição onde aparece o microscópio por ele utilizado, além da estilização de uma coluna de provetas. À direita, vista parcial da parte posterior do prédio onde funciona o Instituto Oswaldo Cruz, cujo elemento central, reproduzido no reverso, serve de registro coincidente.
O reverso possui a belíssima vista do edifício principal do instituto Oswaldo Cruz, no Rio de Janeiro, construído pelo homenageado.
Diferente da
cédula de 10.000 cruzeiros, este belíssimo projeto, contou com a participação
do projetista gráfico, Júlio Pereira Guimarães, com gravuras manuais de Zélio
Bruno da Trindade e Dalila dos Santos Cerqueira Pinto. As dimensões do projeto
são de 154 x 74mm, e entraram em circulação no dia 1º de novembro de 1984,
permanecendo até 15 de março de 1990.
100.000
CRUZEIROS (JUSCELINO KUBITSCHEK 1902-1976)
Em seu anverso, esta última cédula apresenta a efígie do homenageado, ladeada por composições representando realizações de seu governo (energia elétrica, transportes e agricultura); à esquerda, estilização das colunas do Palácio da Alvorada; à direita, acima das chancelas, estilização da escultura “Candangos”, de Bruno Giorgi, servindo de registro coincidente entre o anverso e o reverso.
O reverso é ainda mais belo, pois a representação do prédio do Congresso Nacional, tendo como fundo, à esquerda, o “Catetinho”, local pioneiro que serviu de residência oficial e sede do provisória do Governo durante a construção de Brasília; à direita, vista do Palácio da Alvorada, projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer para residência do Presidente da República.
Nosso último
belíssimo projeto desse artiugo, contou com a participação do projetista
gráfico, Álvaro Alves Martins, com gravuras manuais de Czeslaw Slania e Dalila
dos Santos Cerqueira Pinto. As dimensões do projeto são de 154 x 74mm, e entraram
em circulação no dia 3 de outubro de 1985, permanecendo até 15 de março de
1990.
Ficamos por aqui, mas nossos estudos ainda irão nos levar por mais alguns capítulos. Não perca nosso próximo artigo, continuaremos nossa incrível saga sobre as idas e vindas do padrão cruzeiro.
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