O PREÇO DE UMA VIDA... Quanto valia um escravo?


A escravidão é uma prática antiga que remonta aos tempos da Grécia e Roma antiga. Acredita-se que as primeiras formas de escravidão tenham surgido como resultado da guerra e das conquistas territoriais, com os vencedores capturando os perdedores e os transformando em escravos. No entanto, a escravidão também se desenvolveu em outras formas ao longo da história, como a escravidão por dívida, a escravidão hereditária e a escravidão por casta. 

A escravidão teve um papel cruel e importante na economia mundial durante séculos, especialmente no período colonial, quando milhões de pessoas foram transportadas à força da África para trabalhar nas plantações de açúcar, tabaco, algodão e outros produtos nas Américas. A escravidão é uma mancha na história da humanidade e seus efeitos ainda são sentidos nos dias atuais.

INICIO DA ESCRAVIDÃO NEGRA NO MUNDO

A escravidão negra é um capítulo sombrio da história mundial, que teve início com a expansão europeia para a África no século XV. As primeiras expedições exploratórias e comerciais européias para a costa africana encontraram diversas comunidades, algumas das quais, como os impérios Mali e Songhai, já estavam estabelecidas e possuíam sofisticados sistemas políticos e econômicos.

No entanto, a busca por ouro, marfim, especiarias e escravos acabou por levar os europeus a se envolverem em uma das maiores violações de direitos humanos da história. A escravidão negra foi justificada por meio de argumentos religiosos, filosóficos e econômicos, que alegavam a inferioridade da raça negra e a necessidade de utilizá-la como mão de obra escrava nas colônias europeias nas américas.

Milhões de africanos foram sequestrados, vendidos como escravos e transportados à força para as Américas, sendo submetidos a condições desumanas, trabalho forçado, torturas e violências físicas e psicológicas. A escravidão negra durou por séculos e deixou marcas profundas na história e na cultura dos países que a praticaram. A luta contra o racismo e a discriminação racial ainda é uma batalha em andamento, mas é fundamental reconhecer o passado para construir um futuro mais justo e igualitário.

A ESCRAVIDÃO NEGRA NO BRASIL

A escravidão no Brasil teve início ao raiar do século XVI, e em 1530 chegaria o primeiro navio com negros escravizados, trabalho forçado e escravo que só terminaria em 13 de maio de 1888. Portanto, foram 358 anos de escravidão em nosso país. Historicamente, os indígenas foram as primeiras vítimas, e posteriormente, os negros africanos, trazidos de possessões como Angola e Moçambique, mas não iremos nos aprofundar na temática inicial. Nosso foco está voltado para os valores que eram praticados por vidas de pessoas inocentes.

Certamente um tema sensível nos tempos atuais, mas que infelizmente deve ser abordado de forma acadêmica para que se possa remontar algumas realidades do passado. Dito isso, nosso artigo trouxe uma lista, tal como um preçário para auxiliar o contexto de valor praticado por uma vida escravizada de acordo com sua faixa etária, sexo, oficio e até mesmo produtividade.

Os dados remontam os anos entre 1872 e 1874 e podem ser convertidos aos valores atuais utilizando alguns de nossos métodos ou uma ferramenta de conversão disponíveis nos links abaixo:





TABELAS DE VALORES PRATICADOS ENTRE 1872 E 1874







Agora que você já conseguiu todas as informações necessárias, preciso encerrar nosso estudo relembrando que ao longo dos séculos, a escravidão teve um impacto profundo e duradouro na comunidade negra em todo o mundo. A escravidão privou os africanos de suas vidas, liberdade e identidade cultural. Foi um período de trauma e sofrimento que deixou cicatrizes profundas que ainda são sentidas até hoje. Embora a escravidão tenha sido abolida há mais de um século, as consequências do sistema continuam a afetar a comunidade negra de várias maneiras. Desde a desigualdade socioeconômica até o racismo sistêmico, a escravidão continua a moldar a vida das pessoas negras em todo o mundo e não só no Brasil.

No entanto, a história da comunidade negra também é uma história de resistência e resiliência. Apesar da opressão e injustiça, os afrodescendentes lutaram por sua liberdade e direitos, através de movimentos sociais, políticos e culturais. Ainda hoje, a comunidade negra continua a lutar contra o racismo e a discriminação em todas as suas formas. É importante reconhecer e valorizar a contribuição dos afrodescendentes para a sociedade e trabalhar para construir um mundo mais justo e igualitário para todos.




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