A cédula do índio é icônica e pouco
percebida por colecionadores de todo o Brasil. Dona de uma rara beleza, a cédula
carrega em suas alegorias o puro DNA artístico brasileiro, bem como um sistema
de segurança desenvolvido exclusivamente para ela. Em 1961, a autoridade monetária
da época lançou está belíssima cédula. Totalmente desenvolvida pela Casa da
Moeda do Brasil, ficou popularmente conhecida como "cédula do índio".
Não poderíamos ter reservado em nosso blog uma simples nota de rodapé para esta icônica
cédula de cruzeiro. Neste artigo iremos desvendar todas as suas composições e
alegorias, bem como suas Lendas e Histórias. A cédula circulou entre 06 de
julho de 1961 até 13 de maio de 1967.
LEMBRADA PELA LITERATURA
BRASILEIRA - A cédula do índio é lembrada na literatura
brasileira por Meio do Livro "História dos Tributos no Brasil"
Escrito por Fernando Amed (historiador) e por Plínio Labriola Negreiros
(historiador) os autores abordam no Livro a importância e a evolução do Sistema
tributário e Financeiro do Brasil, mas não deixam de destacar esta bela cédula
100% brasileira.
COMPREENDENDO AS ALEGORIAS – Como
podemos observar, suas alegorias possuem características do artesanato
marajoara. Os marajoaras ou cultura do Marajó fazem parte da era
pré-colombiana, esta importante sociedade floresceu na ilha do Marajó na boca
do Rio Amazonas.
A PLANTA - Podemos
notar a presença da Vitória-régia ou Victoria-régia (Victoria Amazônica) uma
planta aquática e típica da Região Amazônica. Ela possui uma grande folha em
forma de círculo, que fica sobre a superfície da água, podendo chegar a até 2,5
metros de diâmetro e suportar o peso de até 40 quilos, se estes forem bem distribuídos
em sua superfície.
A LENDA - Além
da famosa planta típica da região amazônica, ela também possui grande importância
na cultura indígena brasileira, pois é símbolo de uma lenda, a da Vitória-régia.
Lenda brasileira de origem indígena da etnia tupi-guarani. O índio retratado na
lenda seria da tribo tupi-guarani, tribo que pesquisadores atribuem como nativa
e dominante no Brasil nos tempos de sua descoberta.
A BALSA - O índio
na balsa seria uma alusão aos índios da tribo Tremembé, tribo situada no litoral
oeste do Estado do Ceará e muito conhecida por suas habilidades pesqueiras.
PARA FECHAR A COLEÇÃO – Ela poderá
ser incorporada em uma coleção por tipo ou padrão monetário, mas também poderá
fazer parte de uma coleção exclusivamente dedicada a ela. Não será fácil, mas você
poderá reunir as 111 cédulas que compõem as 111 Séries, estas divididas em dois
períodos Distintos.
PRIMEIRO PERIODO – Composto por cédulas datadas de
1961, com séries emitidas de 001 a 075.
SEGUNDO PERIODO -
Composto por cédulas datadas de 1962, com séries emitidas de 076 a 111.
Fechar uma coleção com as
cédulas do índio é algo prazeroso e muito complicado, mas vale o esforço. Sua
Coleção irá ficar mais rica e terá uma das cédulas, mais icônicas do Brasil,
por ter tido uma produção totalmente nacional.
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