Antigamente
era fácil trocar um item com outro colecionador. Nos bons tempos, uma pessoa
sempre possuía um item que o outro não tinha e ao ver este item faltante o interesse
era despertado, ali se dava inicio ao processo de troca. Com o advento da
internet esperávamos que as trocas fossem mais efetivas e constantes, mas temos
visto um cenário completamente diferente. São leilões, rifas, ofertas,
promoções e muitas outras fontes que possuem como segmento a venda. A troca
acabou caindo em desuso para a infelicidade de muitos colecionadores.
Particularmente,
possuo muitas peças que poderiam ser trocadas com outros colecionadores, mas
estes parecem ter sumido do mapa ou foram engolidos pelo mar de comerciantes
numismáticos que existem na grande rede. Não quero criticar o trabalho honesto
de ninguém, mas quando coloco a imagem de uma cédula ou moeda exclusivamente
para troca, uma verdadeira enxurrada de perguntas sobre o valor cobrado pela
peça é derramada sobre a postagem. Acabei desistindo de anunciar as trocas e
vou acumulando o material que consigo em garimpos pelo Goiás e Mato Grosso do
Sul.
Meu
texto não é para atacar comerciantes ou coisas do tipo, mas serve para refletir
sobre a incansável busca por aqueles que curtem trocar as peças ao invés de
simplesmente vender. Comprar e vender são ações importantes e legitimas em
qualquer segmento, mas na numismática, o ato de trocar é algo que valoriza a
cultura deste hobby e consequentemente a ciência.
Imagem - Algumas peças do cervo pessoal disponíveis para troca.
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