Um estudante israelense encontrou a moeda em um riacho na região de
Shiloh, nas proximidades de Tel Aviv, Israel. Com cerca de dois mil anos de
idade, o artefato histórico traz a inscrição do nome do rei Agripa, mencionado
no Livro de Atos em seu capitulo 26. A peça é considerada de extrema raridade e integrará a coleção “Tesouros Nacionais”, da Autoridade de
Antiguidades de Israel.
Os arqueólogos locais atestaram que a moeda foi cunhada durante o reinado de Herodes Agripa I, que governou a Judeia por volta do ano 40 do
primeiro século depois de Cristo. indiscutivelmente rara, ela mede menos de dois centímetros e traz três pequenos desenhos
de um lado, no outro há um dossel real e a inscrição “Rei Agripa”. O rei citado na moeda era neto
de Herodes, o Grande, e foi o pai de Herodes Agripa II, último governante da
dinastia herodiana.
Cada descoberta arqueológica no território de Israel, oferece mais
detalhes sobre as histórias da bíblia, nos confirmando a existência de cada um
dos personagens contidos no livro sagrado. Tal descoberta oferece, mais um atestado de
legitimidade aos escritos sagrados além de remontar o histórico do povo
israelita nesta época. Mais um artefato que se juntará ao rol daqueles que por meio da arqueologia bíblica decretam como reais os eventos citados na Bíblia.
A Bíblia sagrada nos oferece a seguinte citação:
Paulo se defende diante de Agripa
26 Agripa disse a Paulo:
— Você pode apresentar a sua defesa.
Então Paulo estendeu a mão e fez a sua defesa, dizendo o seguinte:
2 — Rei Agripa, eu me sinto muito feliz em poder estar hoje diante do
senhor para me defender de tudo o que os judeus me acusam. 3 E especialmente
feliz porque o senhor conhece muito bem todos os costumes e questões dos
judeus. Portanto, peço que o senhor me escute com paciência.
4 — Todos os judeus sabem como tenho vivido no meio do meu povo e
também em Jerusalém, desde a minha juventude até hoje. 5 Eles sempre souberam —
e podem confirmar isso se quiserem — que desde o começo fui membro do partido
dos fariseus, o mais rigoroso da nossa religião. 6 E agora estou aqui sendo
julgado porque tenho esperança na promessa que Deus fez aos nossos antepassados.
7 Todas as tribos do nosso povo, que adoram a Deus dia e noite, também esperam
ver o cumprimento dessa promessa. É por causa dessa esperança, ó rei, que estou
sendo acusado pelos judeus. 8 Por que é que vocês, judeus, acham impossível
crer que Deus ressuscita os mortos?
9 E Paulo disse ainda:
— Eu mesmo pensava que devia fazer tudo o que pudesse contra a causa
de Jesus de Nazaré. 10 E foi o que fiz em Jerusalém. Recebi autorização dos
chefes dos sacerdotes e prendi muitos seguidores de Jesus. Quando eram
condenados à morte, eu também votava contra eles. 11 Durante muito tempo eu os
castiguei em todas as sinagogas e os forcei a negar a sua fé. Tinha tanto ódio
deles, que até fui a outras cidades para persegui-los.
Paulo conta a sua conversão
12 E Paulo continuou:
— Foi por isso que viajei para a cidade de Damasco, levando
autorização e ordens dos chefes dos sacerdotes. 13 Mas aconteceu, ó rei, que na
estrada, ao meio-dia, veio do céu uma luz mais brilhante do que o sol, a qual
brilhou em volta de mim e dos homens que estavam viajando comigo. 14 Todos nós
caímos no chão, e eu ouvi uma voz me dizer em hebraico: “Saulo, Saulo! Por que
você me persegue? Não adianta você se revoltar contra mim.”
15 — Então eu perguntei: “Quem é o senhor?”
— E o Senhor respondeu: “Eu sou Jesus, aquele que você persegue. 16
Mas levante-se e fique de pé. Eu apareci a você para o escolher como meu servo,
a fim de que você conte aos outros o que viu hoje e anuncie o que lhe vou
mostrar depois. 17 Vou livrar você dos judeus e também dos não judeus, a quem
vou enviá-lo. 18 Você vai abrir os olhos deles a fim de que eles saiam da
escuridão para a luz e do poder de Satanás para Deus. Então, por meio da fé em
mim, eles serão perdoados dos seus pecados e passarão a ser parte do povo
escolhido de Deus.”
Paulo fala sobre o seu trabalho
19 E Paulo terminou, dizendo:
— Portanto, ó rei Agripa, eu não desobedeci à visão que veio do céu.
20 Anunciei a mensagem primeiro em Damasco e depois em Jerusalém, em toda a
região da Judeia e entre os não judeus. Eu dizia a todos que eles precisavam
abandonar os seus pecados, voltar para Deus e fazer coisas que mostrassem que
estavam, de fato, arrependidos. 21 Foi por isso que alguns judeus me agarraram
quando eu estava no pátio do Templo e quiseram me matar. 22 Mas até hoje Deus
tem me ajudado, e por isso estou aqui trazendo a sua mensagem a todos, tanto
aos humildes como aos importantes. Pois eu digo a mesma coisa que os profetas e
Moisés disseram que ia acontecer. 23 Eles afirmaram que o Messias precisava
sofrer e ser o primeiro a ressuscitar, para anunciar a luz da salvação tanto
aos judeus como aos não judeus.
24 Quando Paulo estava se defendendo assim, Festo gritou:
— Paulo, você está louco! Estudou tanto, que acabou perdendo o juízo!
25 Paulo respondeu:
— Eu não estou louco, Excelência; estou em perfeito juízo e digo a
verdade. 26 Eu posso falar diante do rei Agripa com toda a coragem porque tenho
a certeza de que ele conhece todas essas coisas muito bem, pois não aconteceram
em nenhum lugar escondido.
27 Então Paulo disse ao rei:
— Rei Agripa, o senhor crê nos profetas? Eu sei que crê!
28 Agripa respondeu:
— Você pensa que assim, em tão pouco tempo, vai me tornar cristão?
29 Paulo disse:
— Pois eu pediria a Deus que, em pouco ou muito tempo, não somente o
senhor, mas todos os que estão me ouvindo hoje chegassem a ser como eu, mas sem
estas correntes.
30 Aí o rei Agripa, o Governador, Berenice e todos os que estavam com
eles se levantaram 31 e saíram, comentando:
— Este homem não fez nada para merecer a morte, nem para estar preso.
32 Então Agripa disse a Festo:
— Ele já podia estar solto se não tivesse pedido para ser julgado pelo
Imperador.
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