Tem
gente de olho nas moedas que são jogadas nas Cataratas do Iguaçu. Na última
limpeza feita nas margens da passarela, em agosto deste ano, funcionários do Parque
Nacional do Iguaçu tiraram da água o equivalente a mais de R$ 1,6 mil em moedas
jogadas pelos visitantes.
O
gesto é repetido por muitos turistas que visitam o Parque Nacional do Iguaçu
todos os anos, mas jogar as moedinhas podem causar danos à natureza, já que as
moedas podem ser engolidas por peixes e pássaros além dos riscos de
contaminação da água por conta do metal.
FLAGRANTE – As moedas também atraem pessoas
dispostas a correr sérios ricos na tentativa de resgatá-las. No último domingo,
dois jovens foram flagrados se arriscando para coletá-las, pulando a grade de
proteção da passarela que leva ao mirante da Garganta do Diabo. Pessoas filmaram os dois rapazes a cerca de 10 metros do precipício que forma as quedas
d’água. A altura no local chega a 40 metros. A
Polícia Ambiental, que fica dentro da unidade, foi acionada para tirar os dois
da água, mas eles já haviam saído do local e não foram identificados.
CRIME E MULTA – A atitude de pular a grade de proteção
não caracteriza crime ambiental, mas é passível de multa por contrariar, entre
outros, normas de segurança previstas pelo Plano de Manejo do parque. Quem
pula as grades de proteção do parque em busca das moedas, pode até não cometer
um crime ambiental, mas certamente irão responder por apropriação indébita, já
que as moedas pertencem ao parque e só podem ser coletadas por pessoas
autorizadas e capacitadas. As
investigações de práticas criminosas no interior do parque são feitas pela
Polícia Federal, já que o Parque Nacional do Iguaçu está em uma área federal.
MONITORAMENTO – Com as frequentes tentativas de
retirada das moedas e os riscos que estas pessoas correm a administração do
parque estuda medidas de prevenção e monitoramento da área. Uma das
alternativas que será adotada é a orientação para que os turistas não joguem
moedas na água. A administração do parque também fará a coleta antes de eventos
ou de dias de grande movimentação no parque para que o volume de moedas não
chame a atenção dos visitantes e não os estimulem a entrar na água.
LIMPEZA - Na maior parte do ano o volume de água
do Rio Iguaçu não permite o acesso à área e prejudica a visibilidade,
dificultando a limpeza em geral e a coleta das moedas. Depois de tiradas da
água, as moedas são limpas e separadas.
DESTINAÇÃO DOS VALORES - A maioria das moedas acabam inutilizadas
pela oxidação. As moedas que resistem, segundo a administração do parque, são doadas
para entidades assistenciais.
OUTROS COSTUMES - Além das moedas, os visitantes também
prendem cadeados e fitas nas grades da passarela. Todos os objetos são
retirados mensalmente pelos funcionários do parque.
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