A numismática viveu
algumas bolhas durante o Plano Real, muitas moedas surgiram para fazer história
e outras para atiçar um modismo olímpico numismático. Na verdade, o real nos
ofereceu algumas moedas muito importantes para nossa ciência e talvez a
esperada renovação e novidades venham por aí. É bom o designer Fagner Máximo
Silveira ficar atento, pois podem pintar novidades.
Sabemos que o Real foi lançado
em 1994 e desde então, o Brasil convive com seis valores diferentes da moeda,
sendo que a de R$ 1,00 tem o maior valor de face. Uma pesquisa publicada em
julho deste ano, pelo Banco Central mostra, no entanto, que 21,0% dos
brasileiros acham necessário o lançamento de moedas com valores mais altos. Outros
77,1% não veem necessidade disso.
Em 1994, os brasileiros
começaram a conviver com moedas de R$ 0,01, R$ 0,05, R$ 0,10, *R$ 0,25, R$ 0,50
e R$ 1,00 - todas da chamada "primeira família" de divisas do real.
Em 2010, foi lançada a "segunda família" do real, mas os valores das
moedas nunca foram alterados. O fato é que uma moeda de R$ 1,00 não possui hoje
o mesmo valor que tinha em 1994, quando começou a circular. A inflação
acumulada desde o início do Plano Real, de cerca de 488% até junho deste ano,
reduziu o valor de compra da moeda. Na prática, um brasileiro que comprava algo
com R$ 1,00 em 1994 precisa gastar hoje quase R$ 6,00 para adquirir o mesmo
produto.
Os dados do Banco Central,
que fazem parte da pesquisa "O brasileiro e sua relação com o
dinheiro", mostram que os nordestinos são os que mais se ressentem de
moedas mais altas: 33,3% deles defendem o lançamento de opções com valores
superiores a R$ 1,00. No Norte/Centro-Oeste, o porcentual é de 19,2%, no
Sudeste é de 19,3% e no Sul é de 7,6%. Nota de R$ 100.
A pesquisa do Banco
Central revelou ainda que 18,4% dos brasileiros acham necessário que se coloque
em circulação notas com valor superior a R$ 100 - atualmente, o maior em uma
cédula. O Nordeste é também a região com maior porcentual de pessoas que querem
uma nota mais alta: 28,2%. No Norte/Centro-Oeste, o porcentual dos que querem
notas maiores é de 23,0%, no Sudeste é de 14,7% e no Sul de 8,9%.
O Banco Central, por meio
do Departamento de Meio Circulante, nega o lançamento de uma terceira família
do Real, alegam que “não há previsão no momento para o lançamento de uma
"terceira família" de cédulas de real” mas a pesquisa lançada e uma
fonte ligada ao MeCir alega que já estão sendo estudadas as formas para
conceber o que seria a terceira família do Real. Se vamos acreditar em tudo
isso? Isso é uma outra história, mas se a pesquisa existe! Certamente a
intenção também....
Fonte: Época Negócios
Complementos, levantamento de outras informações e adaptações: Bruno Diniz
Moeda que ilustra a postagem: Projetada pelo Designe Fagner Máximo Silveira
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