Todas as quintas-feiras
traremos aos leitores um personagem ilustre da história do Brasil homenageado
na série de moedas “ilustres” circuladas de 1935-1938 em uma série com duas
emissões. Na primeira postagem conhecemos um pouco da história do Regente
Feijó, passamos pelo ilustre Padre Anchieta e fechamos a primeira emissão com
Duque de Caxias, patrono do exército brasileiro. Devo lembrar nossos leitores
que ao terminarmos as postagens referentes a primeira emissão, a segunda
emissão virá logo em seguida. Com esta série de postagens temos a pretensão de
trazer aos leitores um pouco mais da memória nacional vinculada diretamente ao
meio numismático, mostrando que as moedas são uma grande fonte de cultura.
Duque de Caxias foi um
militar brasileiro. Foi nomeado Patrono do Exército. Recebeu o título de Barão
de Caxias. Foi nomeado comandante das Armas da Corte. Recebeu o título de
conde. Foi escolhido para o Senado por D. Pedro II. Recebeu o título de
marquês. Com 66 anos recebe o título de duque. Nasceu no município de Porto da
Estrela, hoje Duque de Caxias, Rio de Janeiro, no dia 25 de agosto. Era filho
do Tenente Francisco de Lima e Silva e Cândida de Oliveira Belo. Era neto do
Coronel José Joaquim de Lima e Silva. Foi admitido como praça no dia 22 de
novembro de 1808, no Regimento de Infantaria de Linha, com apenas cinco anos.
Aos 14 anos entrou para o serviço efetivo.
Com apenas 15 anos de
idade ingressou na Escola Militar tornando-se alferes e ingressou para a
Academia Real Militar. Em 1821, já tenente concluiu o curso de oficial. Lutou
na Bahia no Batalhão do Imperador em 1822, contra os soldados portugueses que
não aceitavam a independência do Brasil. Com a vitória do Batalhão, é promovido
a capitão e com 21 anos recebe a Imperial Ordem do Cruzeiro, das mãos de D.
Pedro I. Em 1825 foi chamado para manter a unidade nacional na Campanha da Cisplatina.
Ganhou as insígnias de major e as comendas da Ordem de São Bento de Avis e
Hábito da Rosa.
Em 1831, após a abdicação
de D. Pedro I, permaneceu ao seu lado e participou do Batalhão Sagrado, para
manter a ordem no Rio de Janeiro. Organizou a Guarda Nacional que depois de
transformou em Guarda Municipal Permanente. Em 1832 a guarda municipal lutou
contra a tentativa de derrubar a Regência.
Duque de Caxias casa-se
com Ana Luísa do Loreto Carneiro Vianna, no dia 2 de fevereiro de 1833, ela com
apenas 16 anos, neta da Baronesa de São Salvador de Campos. Em dezembro do
mesmo ano nasce Luísa de Loreto. Em 24 de junho de 1836 nasce a segunda filha
Ana de Loreto. O filho Luís Alves Júnior faleceu ainda na adolescência.
Em 1837 foi promovido a
tenente-coronel e seguiu para o Rio Grande do Sul para lutar na Revolução
Farropilha. Já no Posto de Coronel em 1839, foi incumbido de governar o
Maranhão, conseguindo derrotar a Balaiada. Regressou ao Rio de Janeiro em 1841,
sendo logo solicitado para combater os revoltosos da província de São Paulo, do
qual foi nomeado Vice-Presidente.
Em 1842 foi nomeado
comandante das Armas da Corte, cargo já ocupado por seu pai. Em abril de 1845
foi promovido a marechal-de-campo, recebe o título de conde e é escolhido para
o Senado por D. Pedro II. Foi nomeado para a Pasta da Guerra em 1855, e
Presidente do Conselho em 1862; foi promovido a Marechal Graduado no mesmo ano.
Combateu em vários conflitos de fronteira no sul do Brasil. Volta ao Rio,
vitorioso, e com o título de marquês.
Duque de Caxias com 66
anos, recebe o título de Duque. No dia 23 de março de 1874 morre sua esposa. Em
1875 foi nomeado presidente do Conselho de Ministros. Após importantes
vitórias, cansado e doente, retirou-se para a fazenda do Barão de Santa Monica,
seu genro, hoje Ji-paraná, Rio de Janeiro. Retornou ainda ao Senado e foi
Conselheiro de Estado Extraordinário.
Luiz Alves de Lima e
Silva morre no dia 7 de maio de 1880. Em 1962 foi nomeado pelo Governo Federal
o Patrono do Exército. O dia 25 de agosto, dia de seu nascimento é celebrado o
dia do soldado.
A
MOEDA
ANVERSO
Sobre fundo quadriculado,
o busto do Marechal Luiz Alves de Lima, o Duque de Caxias, com chapéu armado.
Na orla esquerda a inscrição CAXIAS. Patrono do Exército Brasileiro.
REVERSO
No centro, espada
desembainhada e em pala, separando o valor 2000 réis. Por cima, dois filetes.
Na orla inferior, BRASIL e data. Sigla do gravador Walter Toledo.
PERÍODO POLÍTICO - República,
Era Vargas (1930-1945) Período em que Getúlio Vargas governou o Brasil por 15
anos ininterruptos. Caracterizado pelas inúmeras alterações que Vargas fez no
país, tanto sociais quanto econômicas.
OUTROS DETALHES - Material:
Prata, Diâmetro: 26,0 mm, Peso: 8,00 g, Espessura: 2,00 mm, Bordo: Serrilhado, Titulagem:
Ag 500.
Fontes Consultadas:
Imagens, Coleção Eduardo Rezende – Site, Moedas do Brasil – Texto original, Dilva
Frazão – Pesquisa, verificação de fontes e complementos Bruno Diniz.
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moedas do brasil