A moeda foi idealizada por Leonil Dasmacena, criador da página @feb.brasil no instagram. Em parceria com a Tocoin. Durante a Segunda Guerra Mundial, 25 mil jovens brasileiros atravessaram o Atlântico para lutar contra o nazifascismo na Itália, muito voltaram de lá pra contar suas histórias, outros morreram para fazê-las. O Brasil foi o único país da América do Sul no campo de batalha, cumprindo sua missão com bravura e patriotismo. A imagem icônica do Soldado Francisco de Paula disparando o primeiro tiro da artilharia brasileira em solo europeu é destacada na medalha
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Deixando a numismática um pouco de lado, trago para os amigos a medalhística (ciência que estuda as medalhas e condecorações) e também a filatelia de uma forma um pouco mais dramática.
A
Força Expedicionária Brasileira, mais conhecida pela sigla FEB, foi uma força
militar aero terrestre constituída na sua totalidade por 25.834 brasileiros,
que durante a Segunda Guerra Mundial participaram ao lado dos Aliados na
Campanha da Itália, mais precisamente nas duas últimas fases. O rompimento da
Linha Gótica e a Ofensiva Aliada final naquela frente. A força era formada por
uma divisão de infantaria completa batizada como 1ª DIE, 1ª Divisão de
Infantaria Expedicionária, uma esquadrilha de reconhecimento, e um esquadrão de
caças. Seu lema de campanha "A cobra está fumando", era uma alusão
irônica ao que se afirmava à época de sua formação, que seria "Mais fácil
uma cobra fumar cachimbo do que o Brasil participar da guerra na Europa".
O
Brasil em 1939 era um mero espectador da guerra, mantendo-se neutro durante
quase todo o evento. A partir de janeiro de 1942, tudo mudaria, uma série de
torpedeamentos de navios mercantes brasileiros foi iniciado, tendo como
responsáveis os submarinos ítalo-alemães, que na costa litorânea brasileira,
numa ofensiva idealizada por Adolf Hitler, visava isolar o Reino Unido,
impedindo-o de receber suprimentos exportados do continente americano ( tal
fato consta nos diários de Goebbels e nas memórias do almirante Donitz). Os
suprimentos eram considerados vitais para o esforço de guerra dos Aliados.
Nas
entrelinhas, podemos considerar que também era um recado ao Brasil. A ofensiva
submarina do Eixo em águas brasileiras também tinha o objetivo de intimidar o
governo brasileiro, forçando a manutenção da posição de neutralidade, ao mesmo
tempo que seus agentes no país e simpatizantes fascistas brasileiros,
pejorativamente denominados pela população pela alcunha de Quinta coluna,
espalhavam boatos que os afundamentos de navios mercantes seriam obra dos anglo-americanos
interessados na entrada do país no conflito ao lado dos Aliados.
No
entanto, a opinião pública não se deixou confundir. Comovida pelas mortes de
civis e instigada também pelos pronunciamentos provocativos e arrogantes,
emitidos pela Rádio de Berlim, passou a exigir que o Brasil reconhecesse o
estado de beligerância com os países do Eixo. O que só foi oficializado no
final de agosto do mesmo ano, quando foi declarada guerra à Alemanha nazista e
à Itália fascista.
Após
a declaração de guerra, diante da contínua passividade do então governo, a
mesma opinião pública passa a se mobilizar para o envio à Europa de uma força
expedicionária como contribuição à derrota do fascismo. Porém, por diversas
razões de ordem política e operacional internas e com o governo americano,
somente dois anos depois em julho de
1944, teve início o transporte rumo ao front do primeiro contingente da Força
Expedicionária Brasileira, sob o comando do general Zenóbio da Costa. O General
João Batista Mascarenhas de Morais assumiria oficial e posteriormente o comando
da FEB, quando esta já estivesse em sua formação completa. As primeiras semanas
foram de aclimatação ao local, recebendo equipamentos e realizando treinamentos
necessários, sob a supervisão do comando americano, ao qual a FEB estava
subordinada, apesar dos quase 2 anos de intervalo entre a declaração de guerra
e o envio das primeiras tropas brasileiras. Entre os expedicionários
combatentes se formava um consenso no decorrer e após o conflito de que somente
o combate é adequadamente capaz de preparar um soldado, independente do treinamento
recebido anteriormente.
O
Brasil declarou guerra, e nossos combatentes estavam preparados para a natureza
fluida daquele conflito. A Aeronáutica mesmo em seu inicio de modernização, com
a aquisição de aviões de fabricação americana fez um belo papel. A Marinha
possuía embarcações obsoletas, pouco aptas à guerra submarina, modalidade de
combate ao qual mesmo as modernas marinhas britânica, americana e soviética só
se adequariam a partir do final de 1942, início de 1943. O Exército estava
focado e pronto para o embate.
Os
brasileiros constituíam uma das vinte divisões aliadas presentes na frente
italiana naquele momento, uma verdadeira torre de Babel, constituída por: norte-americanos
e suas tropas da 92ª divisão e do 442º regimento, ambas unidades de infantaria,
italianos antifascistas, exilados europeus, tropas coloniais britânicas
(canadenses, neozelandeses, australianos, sul-africanos, indianos, quenianos,
judeus e árabes) e francesas (marroquinos, argelinos e senegaleses), em uma
diversidade étnica em busca da paz mundial.
Segundo
a denominação da época utilizada pelo exército americano; a composição dos
elementos terrestres da FEB se subdividia em Três Regimentos de Infantaria
(equivalente ao que se classifica contemporaneamente como Brigada) respectivamente:
-
6º regimento de Caçapava, 1º baseado na capital federal Rio de Janeiro.
-
11º regimento de São João del Rey - RJ
Dentro
destes regimentos, se abrigavam nove companhias de fuzileiros, Um Regimento de
Artilharia transportada por caminhões, Um Batalhão de Engenharia militar e
outro de Saúde, mais unidades de apoio, de Cavalaria, das quais se destacou o
Esquadrão de Reconhecimento.
A
1ª Divisão Brasileira foi integrada ao IV corpo do exército americano, sob o
comando do general Willis D. Crittenberger, este por sua vez adscrito ao V
exército dos Estados Unidos comandado pelo general Mark W. Clark, que por sua
vez estava inserido no XV Grupo de Exércitos Aliados.
A Campanha
A
1ª etapa da campanha da FEB na Itália iniciou-se a partir de meados de setembro
de 1944; com seu primeiro contingente a chegar à Itália (o 6º regimento)
atuando junto com o 371º regimento americano e outras unidades americanas
menores (principalmente as de apoio da 1ª divisão blindada), formando a Task
Force 45, liberando da ocupação alemã o Vale do rio Serchio (ao norte da cidade
de Lucca, datando desta época suas primeiras vitórias ainda em setembro, com as
tomadas de Massarosa, Camaiore e Monte Prano), e a maior parte da região de
Gallicano-Barga, onde sofreu seus primeiros reveses.
Posteriormente,
a partir de novembro daquele ano, já atuando como uma Divisão completa; por seu
desempenho na 1.ª etapa, foi deslocada para o leste da ala do V Exército
americano com a missão de expulsar dos Apeninos setentrionais, as tropas alemãs
que através do fogo de artilharia, dessas posições impediam o avanço dos
aliados no setor principal da frente italiana sob responsabilidade do VIII
Exército britânico (localizado entre o centro da Itália e o mar Adriático).
Iniciava-se assim, a 2ª e mais longa etapa da FEB na Itália, quando é incumbida
de tomar o complexo formado por Monte Castello, Belvedere e outros posições
montanhosas em seus arredores, no espaço de alguns dias.
Após
algumas tentativas fracassadas nos meses de novembro e dezembro, ficou claro
que para a obtenção do sucesso em tal empreitada seria necessário um ataque
conjunto pelo efetivo de duas divisões simultaneamente a Belvedere, Della
Torraccia, Monte Castello e a Castelnuovo di Vergato, o que mesmo assim,
alertava o comando brasileiro, não poderia ser levado a cabo em menos de uma
semana. Durante o rigoroso inverno entre 1944 e 1945, nos Apeninos a FEB
enfrentou temperaturas de até vinte graus negativos, não contando a sensação
térmica. Muita neve, umidade e contínuos ataques de caráter exploratório por
parte do inimigo, que através de pequenas escaramuças procurava tanto minar a
resistência física, quanto a psicológica das tropas brasileiras, não
acostumadas às baixas temperaturas. Condições climáticas e reações físicas se
somavam aos mais de três meses de campanha ininterrupta, sem pausa para
recuperação. Testou-se ainda possíveis pontos fracos no setor ocupado pelos
brasileiros para uma contra-ofensiva no inverno.
Entretanto,
neste aspecto, a atitude involuntariamente agressiva das duas tentativas de
tomar Monte Castello no final de 1944, somada à atitude voluntária de responder
às incursões exploratórias do inimigo no território ocupado pela FEB, com
incursões exploratórias da FEB realizadas em território inimigo, fez com que os
alemães e seus aliados escolhessem outro setor da frente italiana, ocupada pela
92ª divisão estadunidense, para sua contra-ofensiva.
Entre
o fim de fevereiro e meados de março de 1945, como havia sugerido o comandante
da FEB, se deu a Operação Encore, um avanço em conjunto com a recém-chegada
10.ª divisão de montanha estadunidense. Assim, foram finalmente tomados, entre
outras posições, por parte dos brasileiros: Monte Castello e Castelnuovo,
enquanto os americanos tomavam: Belvedere e Della Torraccia. A conquista destas
posições pela divisão brasileira e a divisão de montanha estadunidense neste
setor secundário, mas vital, possibilitou o início da ofensiva final de
primavera. Ofensiva na qual, ocorreu tanto a última etapa da campanha da FEB
(quando a divisão brasileira travaria em Montese, o combate que lhe causou mais
baixas num mesmo dia), como as forças sob o comando do VIII exército britânico,
mais à leste no setor principal da frente italiana, após meses de combate, por
se verem finalmente livres do pesado e constante fogo de artilharia inimiga
(que partia dos pontos tomados pela 1ª divisão brasileira e 10ª de montanha
americana), puderam avançar sobre Bolonha, ultrapassando as últimas posições da
Linha Gótica.
Na
1ª semana de abril iniciou-se a fase final da ofensiva de primavera com o
intuito de romper definitivamente esta linha de defesas, que recuara
constantemente desde setembro do ano anterior, mas impedia o avanço das tropas
aliadas na Itália rumo à Europa Central. No 1º dia da ofensiva no setor do IV
corpo do V exército americano, ao qual a FEB estava incorporada (iniciada uma
semana após o início da ofensiva no setor do VIII exército britânico, que
seguia sem progressos); após sem grandes dificuldades ter sustado o ataque
aliado principal naquele setor, efetuado pela 10ª Divisão de Montanha
americana, causando expressivas baixas naquela unidade estadunidense; os
alemães cometeram um erro ao considerar o ataque da divisão brasileira à região
de Montese (que neste ataque, além do apoio de blindados americanos, também
utilizou seus próprios carros de combate M8, M4 e M10); como sendo o principal
alvo aliado naquele setor; tendo por conta disso disparado somente contra a FEB
cerca de 1800 tiros de artilharia ( 64% ) do total dos 2800 tiros empregados
contra todas as 4 divisões aliadas naquele setor da frente italiana, nos dias
de luta que se seguiram pela posse daquela localidade ( no que foi o combate
mais sangrento travado pela FEB ). Com a fracassada tentativa alemã de retomar
Montese e o consequente avanço das tropas das 10ª divisão de montanha e 1ª
divisão blindada estadunidenses, efetivou-se o desmoronamento das defesas
germânicas naquele setor central, do ponto de vista geográfico, embora
secundário estrategicamente, ficando claro a impossibilidade por parte das
tropas alemãs de manterem a partir daquele momento a linha gótica, tanto no
setor terciário a oeste, próximo ao Mar da Ligúria, quanto no setor principal à
leste, próximo ao Mar Adriático.
Ainda
nesta última etapa de sua campanha, em combates travados em Collecchio e
Fornovo di Taro, em perfeita manobra e jogada ousada de seu comandante, os
efetivos da FEB que se encontravam naquela região em inferioridade numérica
cercaram e, após combates oriundos da infrutífera tentativa de rompimento do
cerco por parte do inimigo seguidos de rápida negociação, obtiveram a rendição
dos efetivos remanescentes de quatro divisões inimigas: duas alemãs (a 148ª
divisão de infantaria comandada pelo general Otto Fretter-Pico, e a 90ª
Panzergrenadier-Division) e duas italianas fascistas (a 1ª divisão bersaglieri
Itália, comandada pelo general Mario Carloni, e a 4ª divisão de montanha
"Monte Rosa"). Isso impediu que essas unidades que (sob o abrigo e
comando único da 148ª), se retiravam da região de La Spezia e Gênova (que havia
sido liberada pela 92ª divisão estadunidense), se unissem às forças
ítalo-alemãs da Ligúria, que as esperavam para desfechar um contra-ataque
contra as forças do V exército americano, que avançavam, como é inevitável
nestas situações, de forma rápida, porém difusa e descoordenada, inclusive do
apoio aéreo, tendo deixado vários clarões em sua ala esquerda e na retaguarda. Muitas
pontes ao longo do rio Pó foram deixadas intactas pelas forças nazi-fascistas
com esse intento. O comando dos exércitos alemães, que já se encontrava em
negociações de paz em Caserta há alguns dias com o comando Aliado na Itália,
esperava com isso obter um triunfo a fim de conseguir melhores condições para
rendição. Os acontecimentos em Fornovo di Taro involuntariamente impediram a
execução de tal plano tanto pelo desfalque de tropas, como pelo atraso causado,
o que aliado às notícias da morte de Hitler e a tomada final de Berlim pelas
forças do Exército Vermelho, não deixou ao comando alemão outra opção senão
ratificar a rápida rendição de suas tropas na Itália. Em sua arrancada final, a
FEB ainda chegou a cidade de Turim, e em 2 de maio de 1945, na cidade de Susa,
onde fez junção com as tropas francesas na fronteira franco-italiana.
O
Brasil perdeu nesta campanha, mortos em ação, quatrocentos e cinquenta e quatro
homens do exército, e cinco pilotos da força aérea. A divisão brasileira ainda
teve cerca de duas mil mortes decorrentes dos ferimentos de combate, e mais de
doze mil baixas em campanha por mutilação ou outras diversas causas
incapacitantes para a continuidade no campo de batalha. Tendo assim, somadas as
substituições, turnos e rodízios, dos cerca de vinte e cinco mil homens
enviados, mais de vinte e dois mil participado das ações. O que, incluso mortos
e incapacitados, deu uma média de 1,7 homens usados para cada posto de combate,
um grau de aproveitamento apreciável se comparado ao de outras divisões que
estiveram ao mesmo tempo em campanha em condições semelhantes. Ao final da
campanha, a FEB havia aprisionado mais de vinte mil soldados inimigos, quatorze
mil, setecentos e setenta e nove só em Fornovo di Taro, oitenta canhões, mil e
quinhentas viaturas e quatro mil cavalos.
Com
a recusa do então governo brasileiro ao convite do comando aliado em colaborar
com tropas para a ocupação da Áustria, em 6 de junho de 1945, enquanto a
divisão brasileira ainda atuava na ocupação pós-guerra das províncias de
Piacenza, Lodi e Alessandria, o Ministério da Guerra ordenou que as unidades da
FEB se subordinassem ao comandante da primeira região militar (1ª RM), sediada
na cidade do Rio de Janeiro, o que, em última análise, significava a dissolução
do contingente. Mesmo com sua desmobilização relâmpago, o regresso da FEB após
o final da guerra contra o fascismo, ao longo do segundo semestre de 1945,
ajudou a precipitar a queda de Getúlio Vargas e o fim do Estado Novo no Brasil.
Em
1960, as cinzas dos brasileiros mortos na campanha da Itália foram transladadas
do cemitério de Pistoia para o Brasil, e hoje jazem no monumento aos mortos que
foi erguido no Aterro do Flamengo, zona sul da cidade do Rio de Janeiro, em
homenagem e lembrança aos sacrifícios dos mesmos.
Participação da Força Aérea
Brasileira na Campanha da Itália.
Na
campanha da Itália, a FAB atuou com duas unidades aéreas, a 1ª E.L.O., e o 1º
grupo de caça. O Esquadrão de caça teve abatidos dezesseis aviões, com morte em
ação de cinco de seus aviadores, além da morte de mais três por acidentes.
Apesar de, entre novembro de 1944 e abril de 1945, ter voado apenas 5% do total
das missões efetuadas por todos os esquadrões sob o XXII comando aéreo tático
aliado, neste período foi responsável (entre outras tarefas) pela destruição de
85% dos depósitos de munição, 36% dos depósitos de combustível, e 15% dos
veículos motorizados (caminhões, tanques e locomotivas) inimigos destruídos por
este comando aéreo aliado, tendo por este desempenho, recebido honrosa citação
do congresso dos Estados Unidos. Já ao final da campanha, devido às baixas
sofridas, estava reduzido ao tamanho padrão de um esquadrão convencional.
Embora
tenha dado cobertura aérea à divisão brasileira em várias ocasiões, ao
contrário da Esquadrilha de Reconhecimento aéreo (E.L.O.), o esquadrão de caças
brasileiro não estava subordinado ao comando da FEB e sim, sendo um dos quatro
esquadrões do 350º Grupo de caças, dentro do 62º Corpo aéreo de Caças da 12ª
Força aérea do exército americano, subordinado ao XXII Comando Aéreo Tático
Aliado.
Eles
foram bravos, honrosos e valorosos, eram pais, filhos, maridos e amigos
daqueles que aqui ficaram. Lutaram em favor da paz, da minha e da sua.
Desvalorizar os feitos dos brasileiros é desvalorizar nossa bandeira e a
liberdade, é dar as costas ao estado de paz, é desprezar o amor ao próximo que
clamava por ajuda.
Canção Do Expedicionário
Hinos e Marchas Militares
Você
sabe de onde eu venho?
Venho
do morro, do Engenho,
Das
selvas, dos cafezais,
Da
boa terra do coco,
Da
choupana onde um é pouco,
Dois
é bom, três é demais,
Venho
das praias sedosas,
Das
montanhas alterosas,
Dos
pampas, do seringal,
Das
margens crespas dos rios,
Dos
verdes mares bravios
Da
minha terra natal.
Por
mais terras que eu percorra,
Não
permita Deus que eu morra
Sem
que volte para lá;
Sem
que leve por divisa
Esse
"V" que simboliza
A
vitória que virá:
Nossa
vitória final,
Que
é a mira do meu fuzil,
A
ração do meu bornal,
A
água do meu cantil,
As
asas do meu ideal,
A
glória do meu Brasil.
Eu
venho da minha terra,
Da
casa branca da serra
E
do luar do meu sertão;
Venho
da minha Maria
Cujo
nome principia
Na
palma da minha mão,
Braços
mornos de Moema,
Lábios
de mel de Iracema
Estendidos
para mim.
Ó
minha terra querida
Da
Senhora Aparecida
E
do Senhor do Bonfim!
Por
mais terras que eu percorra,
Não
permita Deus que eu morra
Sem
que volte para lá;
Sem
que leve por divisa
Esse
"V" que simboliza
A
vitória que virá:
Nossa
vitória final,
Que
é a mira do meu fuzil,
A
ração do meu bornal,
A
água do meu cantil,
As
asas do meu ideal,
A
glória do meu Brasil.
Você
sabe de onde eu venho ?
E
de uma Pátria que eu tenho
No
bôjo do meu violão;
Que
de viver em meu peito
Foi
até tomando jeito
De
um enorme coração.
Deixei
lá atrás meu terreno,
Meu
limão, meu limoeiro,
Meu
pé de jacaranda,
Minha
casa pequenina
Lá
no alto da colina,
Onde
canta o sabiá.
Por
mais terras que eu percorra,
Não
permita Deus que eu morra
Sem
que volte para lá;
Sem
que leve por divisa
Esse
"V" que simboliza
A
vitória que virá:
Nossa
vitória final,
Que
é a mira do meu fuzil,
A
ração do meu bornal,
A
água do meu cantil,
As
asas do meu ideal,
A
glória do meu Brasil.
Venho
do além desse monte
Que
ainda azula o horizonte,
Onde
o nosso amor nasceu;
Do
rancho que tinha ao lado
Um
coqueiro que, coitado,
De
saudade já morreu.
Venho
do verde mais belo,
Do
mais dourado amarelo,
Do
azul mais cheio de luz,
Cheio
de estrelas prateadas
Que
se ajoelham deslumbradas,
Fazendo
o sinal da Cruz !
Por
mais terras que eu percorra,
Não
permita Deus que eu morra
Sem
que volte para lá;
Sem
que leve por divisa
Esse
"V" que simboliza
A
vitória que virá:
Nossa
vitória final,
Que
é a mira do meu fuzil,
A
ração do meu bornal,
A
água do meu cantil,
As
asas do meu ideal,
A
glória do meu Brasil.
VEJA AS IMAGENS DA EXPOSIÇÃO
"ENTRE A SAUDADE E A GUERRA"
Palácio do Planalto - Brasília DF - 21/05
Fotos: Bruno Diniz
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