É ISSO QUE CHAMAM DE COLECIONADORES? - É hora de refletir sobre a fórmula dos encontros numismáticos.

A imagem lhe parece uma banca ou uma coleção? 

Nossa postagem numismática desta semana vai muito além da chamada acima! Vamos puxar as orelhas de alguns "comerciantes", pois  em um tempo muito distante, colecionar era uma nobre arte em que se trocava conhecimento, experiências e peças referentes ao objeto colecionado. O tempo passou! Levou com ele as boas e salutares praticas que hoje são dadas quase como extintas. Vejo pessoas postando “matérias e matérias” sobre encontros numismáticos dando a alcunha de colecionador para comerciantes... Estes com suas mesas abarrotadas de peças totalmente precificadas e a disposição do verdadeiro colecionador que em baixíssima quantidade vaga entre os corredores dos encontros em busca do preço justo a pagar por sua peça. Quero dizer que tenho muitos amigos comerciantes, amigos que vivem disso, mas que também são colecionadores, numismatas, filatelistas, notafilistas e telecartofilistas de coração. Estes não agem como se fossem colecionadores quando estão desenvolvendo sua atividade de comércio. É com estas pessoas que eu compro minhas peças, pois sabem separar as coisas. A numismática encontrista virou um balcão de negócios.

O público colecionista está cada vez mais afastado, notem os encontros e façam uma breve reflexão! Talvez a maioria dos que estejam lendo minhas linhas nada jornalísticas, sejam comerciantes. É um comerciante comprando do outro, quase como uma CEASA de moedas!!! Cada um abastecendo seus estoques para alimentar os leilões do facebook e whatsapp, as lojas virtuais, rifas em perfis e muitas outras ramificações de comércio que você nem imagina que existam... Fui ao encontro em Brasília e pude ver a sanha dos tubarões comerciantes comprando uns dos outros em ritmo de desdém aos que ali estavam somente para adquirir uma peça.. Eu estava ali, me sentindo um peixe fora d’água ao perguntar o valor de uma moeda e nitidamente a preferencia se dava aos que estavam ali para comprar quase que em “atacado”. Para chamar a atenção e ser enfim atendido falei uma frase mágica! “Procuro por moedas de ouro” ali ele me tratou como um “colega comerciante” me dizendo para escolher com calma, pois se fosse para revenda ele faria um preço especial para sobrar uma gordurinha para eu ganhar. Não sou vendedor e ainda tive que usar deste artificio para receber a atenção de alguém. Aquilo me deixou profundamente chateado! Não existe mais um tratamento adequado para aqueles que vão pela paixão e amor. O tratamento é frio por parte de quem se acha o suprassumo e o oráculo do conhecimento numismático (uns 10% são gentis e muito cuidadosos).

A numismática está morrendo em sua naturalidade, estou fazendo minha parte em expor a visão de quem é realmente um colecionador apaixonado por esta arte. Ao lerem estas linhas, quem sabe alguém tome a decisão de olhar para nós com mais cuidado e com a mentalidade de que estamos nos afastando e criando um abismo entre todos os que amam a numismática e os que vivem dela.

É hora de refletir...
Muitas pessoas defendem o comércio de peças como a principal atividade da numismática em ambiente virtual. Fiz uma pesquisa no final do ano passado para obter dados sobre a expectativa dos usuários na rede em relação ao tema numismática.

Uma das questões mais importantes eu trago para que os comerciante possam refletir e talvez terem um pouco mais de senso ao entrarem em grupos numismáticos na web.
Em 2017 foram ouvidas 1.100 pessoas em nossa coleção. 


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