Na numismática e notafilia, moedas e cédulas do
mundo sempre homenageiam alguma personalidade ou algum animal já extinto,
com sérios riscos de extinção ou em estado de vulnerabilidade. Conversando com
duas amigas estudantes do curso de veterinária – Natália e Polly – fui informado de
que 2018 é o ano do Tamanduá no tocante a preservação (todos os anos escolhem um animal diferente). Aqui no Brasil ele já foi homenageado em um
padrão monetário chamado Cruzeiro Real. Padrão monetário Brasileiro que
vigorou de 1 de agosto de 1993 a 30 de junho de 1994, sendo extinto para que o
Real pudesse ganhar vida! Infelizmente na natureza é completamente diferente, e
nem tudo que morre ressurge! Certamente não queremos ver mais um representante
da rica fauna brasileira riscado do mapa ou sendo visto somente em buscas
rápidas na web ou na cunhagem das moedas de um padrão monetário que nem
utilizamos mais. A numismática é assim!
Está envolvida em todos os temas da existência humana. Amo a numismática e a natureza, pensando nisso resolvemos publicar esta postagem, mostrando que devemos nos engajar nesta causa tão nobre.
Existem algumas instituições
que lutam para preservar o pouco que nos resta desta espécie tão ameaçada. O Instituto de Pesquisa e
Conservação de Tamanduás no Brasil, chamado de Projeto Tamanduá, é uma destas organizações
não governamentais que prestam este importante serviço em favor da natureza. O
instituto surgiu em 2005 com a missão de desenvolver ações de pesquisa, educação
e fomento a políticas públicas visando a conservação de várias espécies de tamanduás
e também de tatus e preguiças.
No campo da pesquisa
acadêmica, o Projeto Tamanduá desenvolveu estudos pioneiros com tamanduás,
tatus e preguiças nas áreas de biologia, ecologia, sistemática, genética da
conservação e educação ambiental, sendo hoje referência no desenvolvimento de
pesquisas científicas para geração de informações necessárias para a
conservação destas espécies e de seus habitats.
A situação é muito
preocupante! Dentre todas as espécies de tamanduás do Brasil, existe uma que
corre um enorme risco de extinção: o Myrmecophaga tridactyla ou
tamanduá-bandeira. As fêmeas desse tamanduá têm um filhote por vez e é
carregado nas costas da mãe até cerca de um ano de idade. Depois eles crescem,
viram exterminadores de formigas e cupins e podem viver por até 25 anos. Sua
extinção deve-se, principalmente, à destruição de seu habitat.
CUIDANDO DA FAUNA BRASILEIRA!
O Programa de Saúde em
Zoológicos Brasileiros é um programa que coleta dados e fomenta pesquisas
levantando informações de manejo e saúde das populações cativas de tamanduás no
Brasil, com o objetivo de levantar e integrar as informações sobre as espécies
em cativeiro e vida livre. O programa examinou de 2005 a 2009 mais de 59
animais, com 15 instituições de pesquisa envolvidas, resultando em publicações
nacionais e internacionais aplicadas na preservação e continuidade da espécie.
COMO POSSO AJUDAR?
Você poderá ajudar, não
jogando cigarros acesos ao longo das estradas, não caçando o animal por conta
de sua carne ou tentando domesticá-lo. Respeite este carinha que corre sérios
riscos de extinção! Você também poderá ajudar doando diretamente no site do
projeto, clicando na imagem.
A MOEDA QUE ILUSTRA A
POSTAGEM
CR$
10, tamanduá - Moedas de aço inoxidável, 22 mm de diâmetro, produzidas em 1993
e 1994.
Faça
sua parte... Levante essa bandeira!!!
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