O Banco do Canadá revelou
na última quinta-feira sua primeira cédula ilustrada com o retrato de uma
mulher negra, a ativista do direito civil canadense Viola Desmond, que em 1946
desafiou a segregação racial no país. A figura de Desmond, que faleceu em 1965,
aos 50 anos de idade. O busto de Desmond ilustra as novas cédulas de 10 dólares
que entrarão em circulação até Dezembro deste ano.
Um
ato de coragem...
Em 1946, Desmond fez
história no Canadá ao se recusar a deixar uma área de um cinema da cidade de
Nova Glasgow, no litoral do país, reservada para pessoas brancas. Ela foi presa
e multada por sua decisão de desafiar as leis do estado, mas que para ela as
leis discriminavam a sociedade negra canadense. Viola Desmond foi perseguida e
finalmente condenada por evasão de impostos, diante desta perseguição implacável
do governo canadense, ela decidiu se mudar para os Estados Unidos, onde faleceu
em 1965.
O
reconhecimento...
Infelizmente, tudo
sempre acontece assim! As pessoas são tratadas como animais para depois
receberem o devido reconhecimento por sua coragem e dignidade na luta pelo
justo. Sendo assim, em 2010, o governo canadense decidiu conceder a Desmond um
perdão póstumo, em 2016, o Banco do Canadá anunciou que Desmond seria a
primeira mulher a não pertencer à família real, cujo retrato apareceria em uma
cédula do país.
A
cédula...
A apresentação da cédula
foi realizada em Halifax pelo ministro das Finanças do Canadá, Bill Morneau, e
o governador do Banco do Canadá, Stephen Poloz, que estiveram acompanhados pela
irmã de Desmond, Wanda Robson, de 91 anos
No verso da nota
aparece o Museu dos Direitos Humanos construído recentemente na cidade de
Winnipeg.
Fonte: Banco do Canadá / G1
/ Complementos: Bruno Diniz
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