PRIVATIZAÇÃO DA CASA DA MOEDA, UM ELEFANTE BRANCO OU UM BOM NEGÓCIO? - Entenda o processo e suas vantagens.

Um assunto que tem tomado conta dos noticiários e também de minha caixa de e-mails! Muitos amigos querem saber como, quando e todos os detalhes sobre a privatização da Casa da Moeda. Então fiz várias leituras e estudei muitas opiniões sobre o tema. Agora trago um compilado de informações que espero que sirva como luz para as dúvidas de todos. Vamos começar explicando que a Casa da Moeda é puramente uma fábrica de dinheiro, para se trocar em miúdos sua função. Também devo lembrar aos amigos que a Casa da Moeda do Brasil, não decide a política monetária nacional. Na realidade as pessoas confundem o Banco Central com a Casa da Moeda. Para sanar de vez esta questão e esclarecer as dúvidas de alguns leitores, a Casa da Moeda é uma fábrica que emite o dinheiro brasileiro de acordo com a demanda estabelecida pelo Banco Central. A função do Banco Central é gerir a política econômica, ou seja, garantir a estabilidade e o poder de compra da moeda de cada país e do sistema financeiro como um todo. Esta regra e forma de operação não é exclusividade do governo brasileiro, isto vale para qualquer Banco Central do mundo.

A PRIVATIZAÇÃO

Claro que com a privatização iremos correr o risco de ocorrências de fraude, mas seria o mesmo se a empresa continuasse como estatal e ainda estivesse sujeita aos atos de corrupção que assola nosso país e ainda continuaria sendo um cabide de empregos onerando ainda mais o estado. Para manter o bom andamento da Casa da Moeda, tudo dependerá de como ocorrerá a privatização e como serão as regras, uma vez que caberá ao governo manter a vigilância deste setor. Sendo o setor privado o produtor, fica claro que o estado como cliente, terá que exigir uma garantias de que a operação e produção será segura, lembrando que o Banco Central é quem decide a quantidade de dinheiro a ser fabricada. Por conta de sua função institucional de conduzir a política monetária nacional.

O IMPACTO NAS CONTAS PÚBLICAS

A privatização da Casa da Moeda deve ser vista como forma de equilibrar as contas públicas tirando do estado a obrigação mantenedora desta estrutura e reforçando o caixa do governo, em um longo prazo. Nos últimos tempos as empresas públicas tem sido alvo de esquemas de corrupção e não faz muito tempo a Casa da Moeda esteve envolvida em escândalos desta ordem. Repassando a iniciativa privada, a casa da moeda entrará diretamente na concorrência e produção mundial do setor trazendo mais desenvolvimento  e eficiência para a empresa.

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O BRASIL NÃO SABE GERIR EMPRESAS PÚBLICAS

Volto a dizer que se faz necessária a separação entre o Estado e as suas empresas públicas. Hoje no Brasil isto não existe. Os estados e os governos usam as empresas públicas como auxiliares de suas promessas de campanha gerando empregos para seus colaboradores e onerando o estado com altos salários e baixa eficiência no serviço proposto. Em sua totalidade, são empresas, mal gerenciadas, que não possuem ou perseguem metas, que não buscam eficiência e isso se traduz para a sociedade em serviços de pior qualidade e preços mais altos e descontentamento geral.

PODEMOS SEGUIR EM FRENTE SEM POSSUIR UMA CASA DA MOEDA?

Países que não têm Casa da Moeda contratam seus fornecedores após um certame licitatório internacional. Várias gráficas que produzem papel moeda, selos, passaportes e documentos se candidatam para oferecer o serviço. O edital estabelece certas exigências de controle, de monitoramento, de qualidade, de reserva e os países definem os seus fornecedores. Podendo o país optar pelo melhor custo beneficio e forçando a Casa da Moeda a sempre buscar o desenvolvimento tecnológico no setor.

UMA MUDANÇA DE MENTALIDADE

Praticamente, hoje ninguém demanda papel moeda. As transações são quase todas feias por meio eletrônico no cartão de débito que faz as transferências automáticas. O movimento de utilização de notas vem caindo ao longo do tempo. Dado este cenário, acredito que seria interessante e extremamente necessária a privatização da casa da moeda do Brasil. Manter uma estrutura cada vez mais caindo em desuso é jogar dinheiro fora e vender o carro antes que ele funda o motor me parece uma ótima ideia, mesmo não concordando com os governantes que hoje estão no comando de nosso país, mas devemos concordar que realmente é uma boa solução para o futuro.

DEVEMOS TER RECEIO DA PRIVATIZAÇÃO?

Claro! Devemos nos importar com tudo que é nosso. Mas antes de tudo, o governo precisa avaliar se é interessante economicamente, manter uma empresa produtora de papel moeda ou adquirir de terceiros por um custo menor. Também é necessário definir a modelagem da privatização e decidir se a Casa da Moeda ainda permaneceria com alguma função ligada ao governo federal garantindo ao país uma possível interferência em caso de má gestão ou outros fatos de extrema gravidade, devidamente explicitado nas exigências do edital da licitação.

O NEGÓCIO PODE FRACASSAR?

É uma coisa que devemos esperar para ver como vai ser! Os investidores do capital privado sempre tem interesse em negócios com o estado desde que sinta que para ele é favorável e vantajoso. Ninguém vai querer entrar em uma negócio para levar prejuízo, então, depende de como serão os moldes e a condução do processo, suas regras e o aporte de capital... Como ninguém possui uma bola de cristal, o negócio é parar pensar e cercar o país de garantias, mas isso não é uma certeza de que ao ser oferecida ao mercado a Casa da Moeda será vendida. Ela poderá ser um grande elefante branco do pacote de privatizações!



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