COMO COLECIONAR SELOS DE FORMA SIMPLIFICADA - Desmistificando os selos!


Quem deseja iniciar uma coleção de selos, costumar ter muitas dúvidas. Algumas das perguntas frequentes são:

DEVO COLECIONAR SELOS NOVOS OU USADOS?
Este é um dilema que aflige todos aqueles que se iniciam na Filatelia.
Os selos novos são mais atraentes, não estão marcados pelo carimbo. Entretanto, são os selos usados que representam a verdadeira Filatelia Histórica, uma vez que já cumpriram a missão de portear cartas.

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Então o que fazer? Pode-se colecionar tanto os selos novos – aqueles que não foram usados numa carta, isto é, sem carimbagem – quanto os selos usados – aqueles descolados das cartas ou nelas mantidos por levarem um carimbo especial.
Em geral, nas coleções, não se deve misturar selos novos e usados; somente se houver extrema necessidade ou os selos forem raros.
Se a escolha for por uma coleção de selos novos – que é, sem dúvida, menos trabalhosa – o Filatelista, além de um rigoroso cuidado no momento de manuseá-la, deve observar o seu custo.
Se a escolha for por uma coleção de selos usados, o Filatelista deve estar preparado para a constante busca e seleção das peças, pois selo usado não é, de forma alguma, sinônimo de selo sujo, amassado ou com defeitos.



O QUE PRECISO PARA COMEÇAR A COLECIONAR SELOS?
Eis alguns instrumentos indispensáveis para quem quer colecionar selos:

PINÇA FILATÉLICA: peça de metal leve, extremidades lisas. É utilizada para manipular os selos sem fazer pressão ou danificá-los.

LENTE DE AUMENTO: instrumento de grande importância usado para examinar pequenos detalhes, curiosidades, variedades, etc.

CHARNEIRA: pequena fita de papel gomado, transparente, que adere no verso do selo quando colado no álbum.

BOLSA PROTETORA (tipo Hawid / Fila-Band / Maximaphil): protetor plástico de duas folhas, entre as quais se coloca o selo, sem necessidade de cola, preservando assim sua forma original.

ÁLBUM: livro com folhas soltas de cartolina branca ou preta onde são colocados os selos por meio de charneira ou bolsa protetora.

CLASSIFICADOR: livro com folhas fixas ou presas com argolas. Estas folhas podem vir atravessadas por tiras de papel tipo celofane, manteiga ou de plástico, ou ainda de outro material transparente, presas por três lados, deixando um, o superior, aberto, onde são colocados os selos. O classificador, ao contrário do álbum, destina-se a manter os selos soltos para que fiquem à disposição do colecionador que os estuda.
É simples começar a colecionar selos. Os envelopes em bom estado devem ser conservados. Para os demais basta cortar cuidadosamente o envelope ao redor dos selos, descolar os selos em água, secá-los em papel absorvente, e, depois, guardá-los em classificadores. Quando há selos duplos, eles devem ser trocados com outros filatelistas.


O QUE DEVO COLECIONAR?
Tudo depende exclusivamente da vontade do colecionador. Pode agradar-lhe tal coleção porque reflete sua atividade profissional ou porque reflete suas ambições íntimas, o que gostaria de ter feito na vida. O interesse por uma planta, um animal, enfim, por um assunto, ajuda o filatelista a se decidir no momento da escolha de uma coleção.
Assim, o colecionador poderá juntar e colecionar somente selos usados ou novos e os chamados "assemelhados" – peças feitas e usadas normalmente pelo correio, tais como: aerogramas, bilhetes-postais, cartas-bilhete, cintas, etc.

Hoje os sistemas de colecionar se restringem a dois grandes grupos:

TRADICIONAL (ou clássico): É o sistema mais difundido até mesmo por ser o mais antigo. Ele está caracterizado pelo colecionismo de selos baseado nos próprios selos, estudando-se os elementos constitutivos dos selos e assemelhados.

TEMÁTICO (ou moderno): Este sistema está baseado no estudo não mais no selo-como-selo mas no desenho do selo. Através dos desenhos será contada uma “estória”, obedecendo-se um roteiro previamente elaborado.

POSSO OU NÃO INCLUIR ESTE SELO EM MINHA COLEÇÃO?
A Filatelia é cultura e arte. O Filatelista deve sempre procurar boas obras de arte para sua coleção. A perfeição é a meta que deve ser perseguida dentro das condições de cada Filatelista.
Assim, deve-se evitar a aquisição não só de selos defeituosos mas também das chamadas "emissões nocivas".
Os selos são considerados "defeituosos" quando estão arranhados, furados, marcados, oxidados ("ferrugem"), amarrotados, cortados, rasgados, quebrados, faltando um pedaço, dobrados, manchados, desbotados devido à exposição solar ou contato com água ou com produtos químicos.
Para não serem chamados de "selos com defeito", a picotagem deve ser autêntica e bem alinhada, enquanto a denteação – resultante da picotagem e mesmo confundida com ela – deve produzir selos com dentes uniformes e bem destacados. A falta de dente, ou quando este é curto, constitui defeito grave.
"Emissões nocivas" são aquelas emissões feitas de forma irregular ou não condizente com os padrões aceitos internacionalmente. São considerados dois grupos de emissões nocivas: as emissões condenadas e as emissões indesejáveis.
São emissões condenadas, por exemplo, aquelas que não são colocadas normal e integralmente à venda no correio do país emissor, ou, ainda, as que incluem algum valor vendido de forma especial ou as que são emitidas por particulares.
São emissões indesejáveis, por exemplo, aquelas com valores desnecessários ou valor facial muito elevado, aquelas impressas em material não tradicional ou que apresentam erros intencionais.

COMO DEVO "ARRUMAR" A COLEÇÃO?
Se a coleção é clássica, os selos, de preferência, colocados em bolsas protetoras, devem ser arrumados em classificadores ou álbuns, por séries, em ordem cronológica, de acordo com a catalogação apresentada nos catálogos de selos. Neste tipo de coleção, costuma-se separar os selos dos "assemelhados".

Se a coleção é temática, não há obediência aos critérios de seriação, ordem cronológica, divisão por países, nem os selos são separados dos assemelhados. Cada peça, desde que relacionada com o tema escolhido, é logo admitida e colecionada.
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