10 Yenes 1938 - Parte do acervo deste blog |
Aqueles leitores que ainda não conhecem minha página vão se perguntar... Qual a relação entre a cédula ilustrada na postagem e a história? Simples! Nada, além do período em que ela circulou e o fato ocorrido no país durante este mesmo período. Mas vou explicar melhor! Para cada fato da história eu relaciono um item que fez parte da vida daquelas pessoas durante aquele ano especifico. Com isso brindo os leitores com algo a mais, em o que seria somente uma postagem ilustrada por uma imagem chocante ou alusiva a algum fato terrível da história mundial. Assim, aumentamos a cultura e diminuímos a violência. Agora que tudo está explicado... Vamos lá?
O massacre de Nanquim foi um
episódio de assassinato em massa cometido pelos japoneses contra os chineses em
1937 e 1938. O evento é considerado o mais traumático da Segunda Guerra
Sino-Japonesa, travada entre o poderoso e expansionista Império do Japão e a
pobre e frágil China. O massacre durou seis semanas e começou quando os
japoneses desembarcaram em Nanquim, que era a capital chinesa na época. Cerca
de 260 mil pessoas morreram. Vinte mil mulheres foram estupradas e mortas, incluindo
meninas com menos de dez anos. Até hoje, o evento é traumático para chineses e
polêmicos para japoneses, que diminuem a dimensão das atrocidades e não
reconhecem a maioria dos crimes cometidos. Com isso a cidade natal da tinta
nanquim presenciou uma das maiores tragédias do século 20.
O CONTEXTO
A China estava em guerra civil desde 1926, entre nacionalistas e
comunistas (liderados por Mao Tsé-Tung). Por ser um país enfraquecido, algumas
regiões eram controladas por potências estrangeiras. O Japão dominava a
Manchúria e avançou sobre o território chinês quando viu que os nacionalistas
estavam se preparando para confrontá-lo.
ENTÃO ACONTECEU A GUERRA...
Em 1937, os japoneses atacaram a costa da China. Conquistaram Xangai
após quatro meses de luta, que deixaram 250 mil baixas chinesas contra 40 mil
japonesas. Os chineses fugiram para Nanquim, destruindo campos de arroz e tudo
que pudesse ajudar as tropas japonesas.
UM VIOLENTO COMBATE...
O Japão cercou a capital, e entrou na cidade. O general Tang Shengzhi,
comandante das tropas chinesas em Nanquim, recrutou 100 mil soldados na cidade
para tentar conter o avanço nipônico. Após violentos embates, os japoneses
derrubaram as defesas da capital, em oito dias de luta.
O MASSACRE...
O general japonês Asaka Yasuhiko ordenou a execução de todos os
prisioneiros de guerra. Separaram civis, militares, homens e mulheres.
Torturaram, enforcaram e fuzilaram os soldados. Massacraram os civis nas ruas.
Alguns se refugiaram em templos, mas foram pegos e assassinados sem qualquer
tipo de clemência ou rendição. Os japoneses conduziram outros cidadãos a uma
cratera em uma pedreira. Enfileiraram todos e abriram fogo. Muitos caíram ainda
vivos, e os soldados procuraram sobreviventes para executá-los. Hoje, no local,
existe um memorial em homenagem às vítimas do massacre.
A VIVISSEÇÃO...
O horror piorou sob o comando do general Iwane Matsui. Decapitação
virou um esporte. Via-se quem era mais rápido e mais preciso no corte. Contavam
quem matava mais bebês e arrancava mais fetos da barriga das mães. Penduravam
cabeças para não perder a conta e davam os corpos a cães vira-latas, mais
famintos do que nunca naquele momento. Para completar, praticaram vivisseção,
ou seja, dissecar a pessoa ainda viva
ESTUPRADAS, MORTAS E LARGADAS...
Mas o pior estava guardado para as mulheres. Arrastaram mães,
solteiras e adolescentes para caminhões para transformá-las em escravas
sexuais. Muitas delas, que os japoneses chamavam de “mulheres de conforto”,
foram exportadas como escravas para os 2 mil bordéis militares que o Japão
havia espalhado pelo continente asiático. Em dois meses, poucos restaram de pé.
Os japoneses ainda espancaram, afogaram, queimaram e fuzilaram os cidadãos que
ainda eram encontrados com vida ou estavam escondidos. Enterraram crianças
vivas. Observadores internacionais falavam de pilhas de cabeças e corpos
espalhados na rua. Entre as milhares de mulheres estupradas, muitas foram
violadas por grupos, mutiladas, mortas e largadas à vista, para aterrorizar
quem ainda estava vivo.
E NÃO PAROU...
O governo chinês continuou fugindo até a derrota final, em 1938. O
Japão dividiu a China em estados fantoches e manteve a política expansionista.
Tentou invadir a Rússia, sem sucesso, tomou Hong Kong e Xangai e atacou a base
de Pearl Harbor, levando o país – e os Estados Unidos – à 2ª Guerra Mundial...
Mas esta já é uma outra história! A cédula que ilustra a postagem é uma *10
Yenes de 1938* do meu acervo pessoal.
Mas ainda tenho uma última curiosidade! A violência dos japoneses foi
tanta, que até os nazistas pediram para os japoneses diminuírem a violência
praticada em suas investidas.