Medalha comemorativa da vitória dos aliados na Primeira Grande Guerra (1919)

Anverso: FRANCE. AMERIQUE. BELGIQUE. SERBIE. PORTUGAL. POLOGNE. ROUMANIE. JAPON. ITALIE. ANGLETERRE. No campo, definido por circunferência lisa, Ao centro e em baixo, num marco decorativo a inscrição LA / VICTORIE / DU / DROIT / 1919. Junto a este dois pequenos ramos. A partir do marco estendem-se várias bandeiras, representando cada um dos países envolvidos na vitória. Em cima a estátua da Liberdade, de frente.

Reverso: Na orla uma folha de palmeira e outra de carvalho. Ao centro o desfile triunfante dos soldados, alguns com estandartes, que marcham através do Arco do Triunfo, em Paris.

Gravura: Anie Mouroux.
Metal: Bronze, Ø 44.90mm, 47.49gr.
Fotografia: Cortesia da Sociedade Americana de Numismática.
Nº Inventário: 6185.152120.1.a.
Obs.: A metrologia é de outro exemplar que está na Universidade de Yale (ID: 2001.87.28247). A ANS não refere as características da sua peça, cuja fotografia ilustra esta nota.
Existe outra medalha semelhante mas sem inscrição dos países envolvidos.

“… tropas do Corpo Expedicionário Português na parada da vitória em Paris, a 14 de Julho de 1919. A participação do CEP no desfile da capital francesa esteve por um fio. Depois do telegrama que anunciava “Hostilities cease at 11-00 hours today 11th”, o comando britânico ordenou que todo o pessoal do CEP fosse repatriado de imediato. No entanto, o general Garcia Rosado fez ouvidos moucos a esta sentença e começou a preparar o desfile do CEP em Paris, sublinhando “o quanto seria desagradável” se o seu país não fosse representado em tal parada (o CEP haveria de desfilar também em Londres). Portugal fez-se representar ao lado dos vitoriosos. Mas a Grande Guerra resultou num somatório de desaires que fragilizariam os anos vindouros. Portugal mergulharia em querelas políticas intermináveis e numa frágil situação social e económica – a tempestade perfeita para o surgimento e a imposição de populismos, nacionalismos, fascismos e ditaduras, como fatalmente a história haveria de confirmar…” – GARCEZ, Arnaldo, “Liga dos Combatentes”, in Jornal PÚBLICO.