Nasceu em Risberghus, na paróquia de Vejrum, no distrito de Hjerm, Dinamarca, em 30 de maio de 1822.
Filho do lavrador Laurids Christian Lüster e sua esposa Kirstine Marie Pedersdatter. Logo após a sua confirmação, em abril 1837, ele começou como aprendiz com o seu tio, mestre de ourives E. O. Lüster. Em 1839, ele foi aceito na Escola de Formação de Profissionais - H. K. Hojhed Arveprins Ferdinands Haandverkskole - onde ganhou o primeiro prêmio por “aplicação e competência”. Foi ensinado na arte de gravar pelo reitor E. Hoegh Guldberg, que caraterizou o Lüster numa maneira muito favorável. Formou-se profissional em 1843.
Em 1844, foi aceito na Academia onde se formou gravador. Na Academia estudou sob a tutela do doutor Chr. Christensen até sua morte em agosto 1845. Christian Lüster trabalhava como gravador até ser envolvido na falsificação de moedas pelo relojoeiro Jensen. Após ser condenado, Lüster ficou preso por dois anos. Várias pessoas influíram e trabalharam para que ele fosse perdoado e, em 1852, a sua luta teve êxito: Lüster foi perdoado.
Entre as pessoas que o ajudou estava o gravador Fredrik Christoffer Krohn. Krohn ajudou-o a pagar a passagem para o Brasil e também em conseguir trabalho na Casa da Moeda do Rio de Janeiro, a partir de 1°. de março de 1855.
Nos anos 1855 a 1863, Lüster prestava serviços à Casa da Moeda e não era funcionário público. Ele foi reconhecido como um ótimo gravador por Coutinho, como mostra a carta dele ao Ministro da Fazenda, em 1866: “Não quero com isto dizer que não se gravam belas medalhas, pois elas continuarão enquanto o estrangeiro Lüster, que se desenvolveu na Casa, e que deseja ser brasileiro, nela se conservar". Em dezembro de 1863, Lüster foi contratado como gravador na Casa da Moeda do Rio de Janeiro. Por Decreto de 11 de agosto de 1869 foi nomeado Chefe da Abrição (Gravador Chefe) na mesma.
Christian Lüster faleceu 17 de maio de 1871.
As obras de Lüster foram reconhecidas também pelo Imperador Dom Pedro II, que o nomeou Oficial da Imperial Ordem da Rosa, uma das três ordens da época.
Suas obras eram gravadas com sua assinatura (sigla) que invariavelmente se apresentavam com "C.L." ou "LUSTER F." (Luster "Fecit", feito por Luster).
A obra
Ensaios e provas de cunho:
2.000 Réis, prata - 1861
2.000 Réis, madeira - 1870
2.000 Réis, prata - 1875
Moedas de circulação:
200 Réis, prata - 1867
500 Réis, prata - 1867
10 Réis, bronze - 1868
20 Réis, bronze - 1868
200 Réis, prata - 1868
500 Réis, prata - 1868
2.000 Réis, prata - 1868
10 Réis, bronze - 1869
20 Réis, bronze - 1869
200 Réis, prata - 1869
1.000 Réis, prata - 1869
2.000 Réis, prata - 1869
10 Réis, bronze - 1870
20 Réis, bronze - 1870
2.000 Réis, prata - 1875 (colocadas em circulação após sua morte)
2.000 Réis, prata - 1875 (colocadas em circulação após sua morte)
fonte: Sociedade Numismática Brasileira - www.snb.org.br