A moeda metálica, circular,
padronizada e garantida por governos nacionais se impôs sobre os outros tipos
de moeda e se tornou o gênero dominante de moeda. As moedas em metais
preciosos, como o ouro e a prata, passaram a ser utilizadas em negócios de
maior valor monetário, enquanto que as moedas de metais menos nobres, como o
bronze e o cobre, passaram a ser utilizadas nas transações do dia a dia.
Em 1809, o Banco do Brasil lançou
o papel-moeda no Brasil. Durante todo o século XIX, a moeda dominante a nível
mundial foi a britânica libra esterlina. Em 1914, surgiram os primeiros modelos
de cartão de crédito. Alguns hotéis europeus passaram a dar cartões a seus
clientes mais assíduos, cartões estes que lhes permitiam deixar pendentes suas
diárias para serem pagas em sua estadia seguinte no hotel. A partir de 1920,
postos de gasolina dos Estados Unidos, como Texaco e Exxon passaram a emitir cartões
semelhantes.
Em 1921, o Brasil abandonou as
moedas de ouro, pois a inflação fazia com que o metal contido na moeda valesse
mais do que seu valor nominal, estimulando que as moedas fossem fundidas em vez
de serem usadas nos pagamentos. Pelo mesmo motivo, as moedas de prata deixaram
de circular no Brasil em 1942, quando o réis foi substituído pelo cruzeiro como
unidade monetária brasileira.
Durante a Segunda Guerra Mundial,
os alemães contrataram alguns dos melhores falsificadores de moeda para
produzir dólares estadunidenses e libras falsas, visando a desestabilizar e
inflacionar a economia desses países. O avanço da tecnologia, com a criação
dos computadores e scanners, facilitou o trabalho dos falsificadores de
dinheiro e obrigou os governos nacionais a sofisticarem a fabricação de dinheiro,
com dispositivos de segurança como: marcas d'água (desenhos que só podem ser
vistos contra a luz), desenhos em relevo que podem ser percebidos pelo tato,
filete magnético que é lido pelos equipamentos eletrônicos de seleção e
contagem, números de série que não são repetidos, marcas somente visíveis sob
luz ultravioleta, marcas microscópicas, holográficas e etc..
Em 1944, quando a Segunda Guerra
Mundial se encaminhava para seu fim, as principais potências mundiais se
reuniram em Bretton Woods, nos Estados Unidos, para definir a nova ordem
monetária internacional. Pelo acordo ali ratificado, a cotação das moedas
passou a ser atrelada ao dólar americano e a cotação deste papel moeda passou a ser
atrelada ao ouro (35 dólares a onça-troy de ouro).
Após a Segunda Guerra Mundial,
surgiram as primeiras empresas especializadas na emissão de cartões de crédito.
A primeira foi o Diners Club em 1949 e a segunda, o American Express em
1958.
Em 1971, diante da crescente
demanda por ouro, o presidente americano Richard Nixon abandonou a
conversibilidade do dólar por ouro. Com isso, o dólar americano e todas as
demais moedas do mundo passaram a não ter mais lastro em metal precioso.
Em 1975, Angola tornou-se
independente de Portugal. Dois anos depois, surgiu a moeda nacional angolana: o
kwanza.
Em 1986, surgiu uma nova unidade
monetária brasileira: o cruzado.
Em 1994, com o advento do Plano
Real de estabilização econômica, a unidade monetária brasileira passou a ser o
real.
Em 1995, foi inventada a carteira
digital, carteira eletrônica de pagamento móvel. Criada por Gaston Schwabacher
administrador de empresas, sob patente número 9500345 PI.
No século XX, a hegemonia econômica
americana foi acompanhada pela preponderância do dólar como
moeda internacional. Com o surgimento da moeda comum europeia, o euro, em 2002,
o dólar passou a dividir a cena mundial com ela. O advento do euro fez sair de
circulação tradicionais moedas europeias, como o escudo português, a peseta
espanhola, a lira italiana, o franco francês e o marco alemão.
Em 2002, o Timor-Leste conseguiu
sua independência em relação à Indonésia. Adotou-se o dólar americano como
moeda oficial. Porém, no ano seguinte, o governo passou a emitir centavos
nacionais com o mesmo valor dos cents de dólar americano.
Hoje em dia, cada vez mais os
cartões de crédito (que emprestam dinheiro ao usuário do cartão) e débito (que
retiram dinheiro da conta do usuário) ocupam o lugar das notas de papel e das
moedas metálicas nas transações do dia a dia. São comuns também os pagamentos
por meio de transferências bancárias via terminais de autoatendimento, internet
ou mesmo mensagens de texto de telefone celular.
Valem ser destacados os casos do
Quênia e da Tanzânia, onde grande parte da população faz compras e realiza
transferências financeiras utilizando o m-pesa, um sistema de movimentações
financeiras via telefone celular que utiliza os créditos do celular como moeda
de troca. Esse sistema veio preencher a carência de bancos tradicionais nesses
países.
Outro caso atual interessante é o
das chamadas "moedas sociais" no Brasil. Trata-se de aproximadamente
quarenta tipos de moeda, diferentes da unidade monetária oficial do país, o
real e que têm a particularidade de somente circularem e serem aceitas em
determinadas regiões pouco desenvolvidas economicamente. Com isto, o dinheiro
não sairia destas regiões, o que contribuiria para desenvolver a economia
dessas áreas. As cédulas das moedas sociais são emitidas por bancos
comunitários locais, com lastro em reservas de reais e postas em circulação
através de empréstimos sem juros à população de baixa renda.
Atualmente, a moeda que costuma
ter a maior cotação unitária é a libra esterlina, superando moedas como o dólar
americano e o euro.
Em 2009, foi criada a moeda
virtual bitcoin: ela não possui existência física real, mas pode ser usada para
se adquirir bens reais através da internet pela troca de códigos alfanuméricos
entre comprador e vendedor. O anonimato das transações com bitcons tem
atraído o interesse de criminosos pela moeda. A alta cotação da moeda também
tem feito com que se multipliquem vírus de computador que roubam bitcoins de
computadores infectados.