A Idade média caracterizou-se
pela diminuição do comércio devido à desorganização social gerada pelas
invasões bárbaras. Com isto, diminuiu a necessidade de uso de moeda. No
entanto, em algumas regiões, como por exemplo no império bizantino, o comércio
continuou a ser praticado em larga escala. Isto exigia uma moeda confiável e
aceita por todos. Esta moeda era o nomisma, besante, histamenon ou solidus, famosa
moeda bizantina de ouro.
Durante a Idade média, era comum
se depositar ouro nas oficinas dos ourives visando à segurança do ouro contra
eventuais ladrões. Em troca, os ourives emitiam títulos onde se obrigavam à
devolução do ouro depositado. Para efetuar transações envolvendo o ouro
depositado, as pessoas começaram a utilizar esses títulos como moeda, em vez de
resgatar o ouro e efetuar as transações com o próprio metal, por uma questão de
praticidade e segurança. Era o início das cédulas monetárias e dos bancos.
Em 1190, houve a primeira
cunhagem da libra esterlina, na Inglaterra, durante o reinado de Ricardo II.
Em 1360, surgia o
"franco", na França. O nome "franco" vem das primeiras
cunhagens da moeda, que traziam a inscrição em latim francorum rex, que
significa "rei dos francos".
Nomisma mostrando Jesus Cristo, à esquerda e o arcanjo Miguel e o imperador bizantino Miguel V, à direita |
Nessa mesma época, do outro lado
do Oceano Atlântico, no Império Asteca, outros materiais eram utilizados como
moeda: sementes de cacau e feijão, pedaços de pano e tubos de penas de aves
cheios de ouro em pó.
Enquanto isso, no continente
asiático, o Império Khmer utilizava o escambo e os tecidos de seda no pequeno
comércio e os metais preciosos nas transações de maior valor.[5]. Na África, a
região do atual Moçambique utilizava búzios, aspas de ferro e raques de penas
de pato preenchidas com ouro em pó como moedas.
No final da Idade Média, houve um
renascimento comercial e urbano, no período conhecido como Baixa Idade Média
(aproximadamente de 1000 a 1500). O comércio no Mar Mediterrâneo foi dominado
por poderosas cidades mercantis como Barcelona, Pisa, Amalfi, Gênova, Florença
e Veneza. Data desse período a invenção do cheque na Florença dos Médici. O
banco dessa família, no século XIV, passou a emitir talões em branco onde o
depositante podia escrever o valor que desejasse sacar de sua conta no banco.