“Parece até um milagre”. Assim o marceneiro César de Siqueira Assis, de 37 anos, refere-se à entrega inusitada que chegou em sua casa na última quinta-feira — uma caixa de papelão contendo 8.279 moedas antigas catalogadas e distribuídas em sacos plásticos, todas encontradas por ele em janeiro de 2010, nos fundos do terreno da casa que estava construindo.
O tesouro estava em poder do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) desde dezembro de 2010 e só foi restituído agora, após o órgão concluir que as moedas não tem interesse histórico e/ou arqueológico, conforme ofício assinado pela superintendente regional do Iphan em Mato Grosso do Sul, Norma Daris Ribeiro, datado de 28 de junho de 2013.
O achado ganhou as páginas impressas e virtuais da imprensa à época e levou o Iphan a intervir no caso, recolhendo as moedas sob a justificativa de que pertenceriam ao patrimônio da União. “Eu comprei três caminhões de terra para aterrar os fundos do terreno e quando comecei a espalhar a terra, fui encontrando as moedas. Se elas vieram junto com os caminhões de terra ou já estavam aqui, não sei”, recordou o marceneiro, que trabalhava como operador de empilhadeira na época em que achou o tesouro.