O Cruzeiro substituiu o padrão Mil-Réis em Outubro de 1942, oferecendo pela primeira vez uma moeda de impressão padronizada. Na época dos Réis, circulavam cédulas do Tesouro Nacional, Caixa de Estabilização,
Caixa de Conversão, Banco do Brasil, etc... Finalmente, foi implantada uma cédula única, do Tesouro Nacional, que iria não só resolver toda essa confusão, mas estabilizar a economia nacional que estava abalada. Foram cortados três zeros, ou seja, Um Mil Réis equivaleria a 1 Cruzeiro.
Em 1942, o Estado Novo e o Ufanismo de Getúlio Vargas estavam no auge. Getúlio então aproveitou para se autopromover na cédula de 10 Cruzeiros, onde no anverso havia uma alegoria intitulada Unidade Nacional. Coincidência ou não, era nessa época que o Brasil começou a crescer na industrialização com a criação da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN)
Não bastando apenas a autopromoção de Getúlio Vargas, todos os homenageados e seus respectivos anversos eram ufanistas. Os "orgulhos da nação". São estes: Marquês de Tamandaré, Duque de Caxias, Marechal Deodoro da Fonseca, Princesa Isabel, Dom Pedro I, Dom Pedro II, Dom João VI e Pedro Álvares Cabral (inicialmente).
A cédula de 20 cruzeiros exibia a alegoria da Proclamação da Independência, por exemplo. A de 100 cruzeiros, exibia orgulhosamente a alegoria da Cultura Nacional. Todas as cédulas apresentavam em seus anversos motivos para se ufanar do Brasil.
Vargas distribuiu durante o Estado Novo entre as crianças o livro acima, de autoria de Affonso Celso com o título: " Porque me ufano de meu país". O livro dava centenas de motivos e camuflava uma verdadeira lavagem cerebral na nova geração, tornando-os nacionalistas e varguistas. Tudo o que Vargas queria, afinal, era seu sonho ser ditador tal como Adolf Hítler. Adorava-o mas combatia-o porque o país dependia muito dos Estados Unidos nessa época.
Vargas queria, de toda maneira possível e imaginável, expandir o orgulho nacional, gerar um grande país nacionalista. Por sorte (ou por azar), seu reinado durou pouco e nem essa grande "lavagem cerebral" promovida nas crianças pelo livro de Affonso Celso nem nos adultos pelas belas cédulas do Cruzeiro Antigo.
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