Alguns amigos pediram um estudo sobre o dólar americano! Tentamos fazer o melhor e pesquisamos sobre o assunto. Você vai ver alguns detalhes sobre a rica historia numismática e notafilia americana, espero que o artigo ajude ao interessados.
Como todos sabem o dólar é a moeda oficial dos Estados Unidos, também conhecido como o dólar dos EUA. Pelo mundo existem vários países que usam o dólar como moeda ou pegam emprestado o nome para sua moeda, outros países, como Equador, El Salvador, Panamá e Timor Leste são exemplos de países que utilizam a moeda americana em seu meio circulante por meio de acordos ou como substituição de uma moeda enfraquecida, a mesma entra em vigor no pais como moeda oficial e legal.
BREVE RELATO HISTÓRICO
O dólar foi escolhido por unanimidade como a unidade de dinheiro para os Estados Unidos em 06 de julho de 1785. Esta foi a primeira vez que uma nação tinha adotado um sistema monetário decimal.
Até 1974 o valor do dólar dos Estados Unidos foi vinculado e apoiado por um ou outro prata, ouro, ou uma combinação dos dois. De 1792 a 1873 o dólar dos EUA foi livremente apoiado por ouro e prata em uma proporção de 15:1 em um sistema conhecido como bimetalismo.
Através de uma série de alterações legislativas de 1873-1900, o status de prata foi lentamente reduzida até 1900, quando um padrão-ouro foi formalmente aprovada. O padrão-ouro sobreviveu, com várias modificações, até 1971.
A ORIGEM DO NOME
O nome para o dólar dos Estados Unidos vem do dólar espanhol (que por sua vez derivado do thaler), que era a moeda de prata de grande circulação nos Estados Unidos durante o tempo da Guerra Revolucionária Americana.
Embora os bancos privados emitidos moeda que foi feito em dólares espanhol, o governo federal não o fez até a Guerra Civil Americana.
O nome dólar se confunde com o thaler (em português táler), abreviação de Joachimsthaler, uma moeda de prata cunhada pela primeira vez em 1518, com prata extraída das minas situadas em torno da cidade de Joachimsthal ("Vale de São Joaquim"), atual Jáchymov, na Boêmia.
O uso de dólar espanhol, junto com o Thaler de Maria Teresa da Áustria como moeda legal nos Estados Unidos, é a razão de seu nome atual. Esta moeda era recebida nas colônias e era denominada dólar espanhol. Em 1785 foi adotado como moeda oficial dos Estados Unidos, tanto o nome como o símbolo do $, a escassez de moeda provocou a Guerra de Independência contra o Império Britânico.
Em 1792, a Casa da Moeda dos EUA criou o dólar americano, mas era muito menos popular do que o dólar espanhol que era mais pesado e com melhor prata. O uso do dólar espanhol foi abolido em 1857 por conta da nacioanlização da moeda e quando o dólar americano teve o mesmo valor teórico do dólar Espanhol.
ABREVIAÇÕES DO DÓLAR
A abreviação para o dólar dos Estados Unidos é USD (que significa United States Dollar), e o Fundo Monetário Internacional refere-se ao mesmo como US$, abreviação que também é muito comum fora dos EUA para designá-lo, uma vez que o dólar foi criado pelos americanos.
Usa-se também o símbolo $, normalmente escrito antes do valor numérico, para o dólar dos EUA, assim como para muitas outras moedas. O sinal foi o resultado de uma evolução, no fim do século XVIII, da sigla "ps", do peso. O p e s, passaram a ser escritos um sobre o outro, dando origem ao $.
Outra explicação popular é que ele vem das Colunas de Hércules no brasão espanhol da moeda espanhola cunhadas no Novo Mundo na Cidade do México, Potosí (Bolívia) e em Lima (Peru). Estas Colunas de Hércules nas moedas espanholas de prata assumiram a forma de duas barras verticais (||) com uma faixa de pano balançando na forma de um "S".
Há ainda outra explicação fantasiosa que sugere que o sinal do dólar foi formado a partir das letras maiúsculas U e S escritas ou impressas uma em cima da outra. Esta teoria, popularizada pela escritora Ayn Rand em Atlas Shrugged , ignora o fato de que o símbolo já estava em uso antes da formação dos Estados Unidos.
O ‘GOLD STANDARD’
Bimetalismo persistiu até 14 de março de 1900 com a passagem do Gold Standard Act, que estabeleceu:
“… O dólar consistindo de 25 e oito décimos de grãos (1,67 g) de ouro nove décimos multa, conforme estabelecido pela seção 30-511 dos Estatutos revisto dos Estados Unidos, deve ser o padrão unidade de valor, e todas as formas de dinheiro emitido ou criado pelos Estados Unidos deve ser mantido a uma paridade de valor com esse padrão … ”
Assim, os Estados Unidos mudou-se para um padrão-ouro e fez a cunhagem de ouro única moeda com curso legal dos Estados Unidos defina o valor do dólar a 20,67 dólares por onça (66,46 centavos de dólar por grama) de ouro.
Isso fez com que o dólar conversível a 1,5 gramas (23,2 grãos), a convertibilidade em ouro mesmo que era possível no padrão bimetálico.
Durante a Grande Depressão, o presidente Franklin Delano Roosevelt reavaliado o dólar a 35 por onça troy (112,53 centavos de dólar por grama) de ouro.
Isto representou uma queda no valor do dólar dos EUA. Caiu para apenas 0,89 gramas (13,7 grãos) de ouro. O dólar dos EUA tinha sido, assim, desvalorizado quase 41% por decreto governamental.
NOTA DOS ESTADOS UNIDOS
Um padrão ouro 1928 uma nota de dólar. Note que é identificada como uma “Nota dos Estados Unidos” ao invés de uma Nota da Reserva Federal e as palavras “pagará ao portador on Demand”, que não aparecem na moeda americana hoje.
Sob o II pós-Guerra Mundial acordo de Bretton Woods, todas as outras moedas foram avaliadas em termos de dólares dos Estados Unidos, e foram, portanto, indirectamente ligadas ao padrão-ouro.
A necessidade de o governo dos EUA para manter ambas a um preço de mercado US $ 35 por onça de ouro e também a conversão para moeda estrangeira causado pressões económicas e comerciais. Pelo início dos anos 1960, a compensação por essas pressões começaram a se tornar muito complicado de gerir.
A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL
Até 1944, quando ocorreu a Conferência de Bretton Woods, era difícil determinar o valor do dólar em comparação ao de outras unidades monetárias, sendo a dificuldade ainda maior com os fortes abalos causados pela Segunda Guerra Mundial. Geralmente as cotações se baseavam nas reservas em ouro dos países, por ser o ouro um parâmetro universal. A esta altura os EUA já eram a maior potência mundial, por isso tentou-se estabelecer um padrão em que o grama de ouro teria um valor fixo em dólares.
O sistema durou até o início da década de 1970, quando o dólar já estava seriamente desvalorizado em relação ao valor acordado originalmente. Em 1971, o dólar deixou de ser diretamente conversível em ouro e, graças aos avanços tecnológicos que permitem negociações rápidas e em grandes volumes, surgiu o câmbio flutuante englobando vários pares de moedas.
CÉDULAS MILITARES AMERICANAS
Depois da segunda guerra mundial, precisamente em 1947, as bases americanas que ocupavam territórios na Ásia, Oceania e Europa, adotaram o uso de "dinheiro militar". Notas de dólares emitidas pelo Tesouro Americano que eram destinadas ao pagamento de civis e militares que serviam nas 21 bases ao redor mundo. As células, de ótima impressão e papel de qualidade equivalente aos dólares regulares, tinham o mesmo valor daqueles e circulavam somente nas áreas ocupadas, não serviam como moeda no próprio EUA, para isso deviam ser cambiadas pelo dólar comum para uso fora das áreas ocupadas. Diz a lenda que esse dinheiro era emitido visando impedir que dólares normais usados nos países estrangeiros voltassem para a América de modo clandestino. Teoria plausível porque os americanos há muito perderam o controle das notas que circulam pelo Planeta. Mais uma vez, diz a lenda que se todo dinheiro americano que está por aí retornasse ao país, não haveria lastro para sustentá-lo, ou seja, os bens e serviços americanos não teriam equivalência ao meio circulante. Seja verdade ou não, o fato é que a emissão dessas cédulas cessou em 1970, de lá para cá o que circula nas bases estrangeiras nos dias atuais é o mesmo dólar utilizado no meio circulante americano.
Quase todas as cédulas militares americanas têm a figura de uma bela mulher estampada na face. Note-se a última da esquerda usando o Barrete Frígio, símbolo da liberdade.
Notas acima de US$ 100 eram produzidas antigamente, porém a produção parou em 1946 e foram retiradas de circulação em 1969. Estas notas eram usadas em transações entre bancos ou pelo crime organizado; foi o uso ilícito que fez com que o presidente Richard Nixon mandasse uma ordem executiva em 1969 proibindo seu uso. Com o advento das transações eletrônicas, as notas tornaram-se desnecessárias. As notas com valor acima de US$ 100 eram as de US$ 500, US$ 1.000, US$ 5.000, US$ 10.000 e US$ 100.000.
Recentemente foram lançadas novas notas de US$ 10 a US$ 100, com projeto gráfico diferenciado, entretanto, as antigas continuam valendo, devendo ser retiradas de circulação conforme forem se desgastando.
($) | Efige | Cédula |
---|---|---|
$1 | George Washington | |
$2 | Thomas Jefferson | |
$5 | Abraham Lincoln | |
$10 | Alexander Hamilton | |
$20 | Andrew Jackson | |
$50 | Ulysses S. Grant | |
$100 | Benjamin Franklin |
AS MOEDAS DO PADRÃO DÓLAR
PAÍSES QUE UTILIZAM O DÓLAR COMO MOEDA
Países | Moeda | Abreviação | Data de fundação | Precedendo Moedas |
---|---|---|---|---|
Antígua e Barbuda | Dólar do Caribe Oriental | XCD | ||
Austrália e seus territórios externos | Dólar australiano | AUD | 1966/02/14 | Libra australiana 1910-1966 Libra esterlina 1825-1910 |
Bahamas | Dólar das Bahamas | BSD | Bahamas libra | |
Barbados | Dólar Barbados | BBD | ||
Belize | Dólar Belize | BZD | 1973 | Dólar Honduras britânica |
Bermudas | Dólar das Bermudas | BMD | ||
Brunei | Dólar Brunei
(Ao lado do dólar de Singapura )
| BND
(SGD)
| ||
Canadá | Dólar canadense | CAD | 1858 | Libra canadense 1841-1858 Dólar espanhol pré-1841 |
Ilhas Cayman | Dólar das Ilhas Cayman | KYD | ||
Dominica | Dólar do Caribe Oriental | XCD | ||
Timor Leste | Dólar dos Estados Unidos | USD | ||
Equador | Dólar dos Estados Unidos | USD | 2001 | Equador Sucre |
El Salvador | Dólar dos Estados Unidos | USD | 2001/01/01 | Colón de El Salvador |
Fiji | Dólar Fiji | FJD | ||
Granada | Dólar do Caribe Oriental | XCD | ||
Guiana | Dólar guianense | GYD | ||
Hong Kong | Dólar de Hong Kong | HKD | 1863 | Rúpia , Real (Espanhol / Colonial Espanha: mexicano), dinheiro chinês |
Jamaica | Dólar jamaicano | JMD | 1969 | Libra jamaicano |
Kiribati | Kiribati dólar , juntamente com oDólar australiano | N / A AUD / | ||
Libéria | Dólar liberiano | LRD | ||
Ilhas Marshall | Dólar dos Estados Unidos | USD | ||
Estados Federados da Micronésia | Dólar dos Estados Unidos | USD | ||
Namíbia | Dólar da Namíbia , juntamente com orand Sul-Africano | NAD | 1993 | Rand Sul-Africano |
Nauru | Dólar australiano | AUD | ||
Nova Zelândia e seus territórios externos | Dólar da Nova Zelândia | NZD | 1967 | Nova Zelândia libra |
Palau | Dólar dos Estados Unidos | USD | ||
Porto Rico | Dólar dos Estados Unidos | USD | ||
São Cristóvão e Nevis | Dólar do Caribe Oriental | XCD | ||
Santa Lúcia | Dólar do Caribe Oriental | XCD | ||
São Vicente e Granadinas | Dólar do Caribe Oriental | XCD | ||
Cingapura | Dólar de Singapura | SGD | ||
Ilhas Salomão | Dólar das Ilhas Salomão | SBD | ||
Suriname | Dólar surinamês | SRD | ||
República da China(Taiwan) | Dólar Taiwan | TWD | 1911 | |
Trinidad e Tobago | Dólar de Trinidad e Tobago | TTD | ||
Tuvalu | Tuvalu dólar , juntamente com o Dólar australiano | N / A AUD / | ||
Estados Unidos e seus territórios | Dólar dos Estados Unidos | USD | 1792 | Dólar espanhol roteiro colonial |
Zimbábue | Dólar dos Estados Unidos | USD | Dólar zimbabweano |
CURIOSIDADES SOBRE O DÓLAR
- O Bureau of Engraving and Printing (casa da moeda americana) produz 37 milhões de cédulas por dia num valor aproximado de 696 milhões de dólares.
- Do total de notas impressas, 95% são usadas para substituir cédulas já em circulação; e 45% das notas impressas são de 1 dólar.
- A primeira cédula fabricada pelo Departamento do Tesouro dos Estados Unidos foi da série 1861.
- Durante a Guerra Civil, o Bureau of Engraving and Printing foi chamado para imprimir cédulas com valores de 3, 5 10 , 25 e 50 centavos. O motivo era que as pessoas juntavam moedas por causa de seu valor intrínseco, e isso acarretou na falta de moedas.
- O papel em que são impressas as cédulas é formado de 25% de linho e 75% de algodão. Fibras sintéticas vermelhas e azuis de diversos comprimentos são distribuídas igualmente pelo papel. Antes da Primeira Guerra Mundial as fibras eram feitas de seda.
- Sabe quantas vezes uma nota pode ser dobrada antes que se estrague? Cerca de 4 mil vezes em dobras duplas (dobrando-se uma vez e depois dobrando novamente).
- A nota de dólar mede 6,63 centímetros de largura por 15,59 de comprimento. Sua espessura é de 0,010 centímetros. Se todas as notas de dólar que existem no mundo fossem colocadas um após a outra, formando uma fila, dariam a volta ao mundo pela linha do equador cerca de 24 vezes. Antes de 1929, a maior cédula em circulação que já existiu media 7,93 por 18,85 centímetros.
- A nota de 100 dólares é a maior denominação do dinheiro americano em circulação desde 1969.
- A nota de maior valor já impressa pelo Bureau of Engraving and Printing foi de 100 mil dólares com o Gold Certificate, da séries 1934.
- Ao contrário do que muitos pensam, a figura do automóvel estampada no verso da cédula de 10 dólares não é o modelo "T" Ford. É uma simples invenção do designer da nota.
- Os ponteiros do relógio na torre do Independence Hall, no verso da nota de 100 dólares, marcam aproximadamente 4h10.
- Martha Washington é a única mulher que aparece em uma cédula do dinheiro americano. Seu rosto está estampado na cédula de 1 dólar Certificado de Prata de 1886 e de 1891, e no verso da nota de 1 dólar Certificado de Prata de 1896.
- O Quarter dollar, com a Estatua da Liberdade Sentada, circulou entre 1866 e 1891. Não tinha marca de fabricação (fora feita na Philadelphia, em 1888) e sua tiragem foi de 10.833 peças.
- Quanto tempo dura uma cédula? Segundo a Federal Reserve Note, depende do valor da nota. Confira:
- Durante a Guerra Civil Americana, selos acondicionados em pequenos discos de papelão, zinco ou couro; recobertos por plástico ou vidro, foram usados como moeda.