Erros nas cores das notas, ausências de assinatura ou de valores e cortes imprecisos são defeitos valiosos para o colecionador.
O funcionário público Esmeraldo Mello, 36, mostra orgulhoso duas notas de R$ 10 com defeito de impressão. Para a maioria das pessoas, elas não valem nada. Para ele, entretanto, custaram R$ 500. |
As duas cédulas de R$ 10 são a mais nova aquisição de uma coleção que já tem cerca de 400 notas, todas com algum defeito: erros nas cores, ausências de assinatura ou de valores e cortes imprecisos, entre outros. “Muita gente coleciona notas. Para ficar mais difícil, acrescentei a categoria ‘com defeito'’ na minha coleção”, explica Mello, também dono de um conjunto de medalhas.
Filho de um colecionador (o pai juntava relógios cucos nas paredes de casa) e casado com uma colecionadora (é aficionada em canetas e moedas antigas), Mello é colecionador desde criancinha. “Sempre gostei, a coleção é uma satisfação pessoal. Junto porque é importante para mim”, conta.
A coleção de notas com defeito é uma paixão relativamente recente - foi iniciada há sete anos. “É uma coleção realmente curiosa, porque essas notas não deveriam nem ter saído da Casa da Moeda”, explica.
Ele não lembra qual foi a primeira cédula com problema que teve nas mãos. Sabe qual é a mais rara: uma nota de 50 cruzeiros, na qual falta a assinatura do então ministro da Fazenda. “A cédula é de 1967. Naquela época, o dinheiro brasileiro era fabricado nos Estados Unidos”, relata.
Fonte: COLLECIONE