DNA do dinheiro nas Américas - PARTE I


Reales de 1767 com marca de Potosi (Bolívia)
Carlos IIII - México - AR 8 reales (38mm, 26,7g)
Reales espanhóis eram conhecidos nas colônias norteamericanas como pillar dollar. As colunas lembram 
o mar aberto além do estreito de Gibraltar. Eram 
conhecidas como Colunas de Hércules e evocam a 
conquista do oceano além do estreito que separa a 
Europa da África. As faixas em torno das colunas podem 
ter inspirado o $ (cifrão) como símbolo de dinheiro.





Fugio de Benjamin Franklin de 1787 – Um centavo.


 A primeira tentativa norte-americana de moeda 
própria traz uma palavra-chave, fugio, que lembra o 
valor do dinheiro no tempo. Tempo é dinheiro (time 
is money). A legenda mind your business (cuide de 
seu negócio) se identifica com o pragmatismo típico 
do imaginário norte-americano. Filósofos como Pierce 
ajudaram a aprofundar o significado do pragmatismo.








O século XVIII começa com moedas de prata, ouro e cobre e termina com o papel-moeda 
como meio alternativo de pagamento. No fim da era colonial, o câmbio era balizado por reales 
e dobrões espanhóis, cunhados em prata e ouro. A competitividade dos reales com os táleres 
europeus era beneficiada pelo trabalho escravo nas minas da Bolívia, do Peru e de outras 
colônias. O esgotamento das minas e a independência das colônias empurrou aos poucos o 
mundo para novos padrões de troca. A passagem para o papel-moeda cobrou quase um século 
de reciclagem do relacionamento das pessoas com a moeda. Cédulas educacionais lançadas 
nos Estados unidos com lastro em prata contribuíram para a mudança. Neste certificado de 
prata de um dólar a alegoria feminina dirige o olhar de uma criança para a Constituição.





Dois símbolos que mais tarde dominam as cédulas do dólar surgem, ainda de forma primitiva, 
nas moedas e cédulas que circularam no período da guerra da independência norte-americana. 
O Olho da Providência aparece no centro da moeda de cobre que ficou conhecida como
Constellatio Nova (Constelação Nova). A pirâmide cortada (frustum) aparece em Continental 
Notes (cédulas continentais) de 1778 com a palavra Perennis no alto. Depois da independência, 
as notas viraram pó, mas a pirâmide cortada vingou como símbolo central na moeda norteamericana. A crise que gerou a Guerra de Secessão foi vencida, a inflação ficou sob controle e 
o dólar passou a balizar o câmbio no mundo, funcionando como moeda de reserva. O Olho da 
Providência foi acrescentado às cédulas do dólar.

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