O conto era uma unidade de conta, ou
seja, uma expressão usada para facilitar a linguagem, a escrita e a
contabilidade de grandes valores.
No Brasil, até 1942, o conto de
réis foi utilizado para expressar a quantia de um milhão de réis. Tinha
uma notação própria e praticamente era a segunda unidade do nosso
sistema monetário Réis:
Rs1:000$000 = 1:000$000 = 1:000$ = um milhão de réis = um conto de réis
Apenas
cinco tipos de notas de um conto de réis foram emitidas, todas no
período de 1907 a 1926, sendo as de maior valor facial do Brasil.
As notas
emitidas pela Caixa de Conversão, em 1907; pelo Banco do Brasil, em
1923; e pela Caixa de Estabilização, em 1926, eram chamadas
de papéis-ouro, pois eram lastreadas no ouro, ou seja, o seu resgate era
garantido nesse metal.
A cédula emitida em 1921, pelo Tesouro Nacional, era a única com garantia fiduciária e de curso forçado, ou seja, o governo garantia seu valor por lei, e a sociedade aceitava usá-la como dinheiro, confiando no governo.
Por serem notas de alto valor
facial e monetário, tiveram poucas emissões e circulação restrita. Isto
fez com se tornassem raras e valiosas, principalmente as do Tesouro
Nacional, utilizadas posteriormente em emissões realizadas pelo Banco do
Brasil, mediante aplicação de carimbo.
fonte e acervo: Museu de Valores do Banco Central do Brasil