Até quem não tem idade suficiente para se lembrar
do dinheiro que circulava antigamente sabe que a expressão “um barão” é usada
para designar 1.000 reais ou, de forma geral, 1.000 em valor monetário.
O que o pessoal mais novo geralmente não sabe, e
alguns dos mais velhos talvez não se lembrem, é que a gíria tem origem na cara
do Barão do Rio Branco, com sua imponente
careca e seu vistoso bigode, estampada duas vezes, do mesmo lado, na nota de
1.000 cruzeiros que na lembrança do povo brasileiro ocupa o mesmo lugar que o
governo Sarney e sua inflação maluca que iniciou mais um ciclo de desastres na
economia nacional, de modo que apesar da importância da figura do barão ela não
valia muita coisa.
A nota de um barão, a legítima, me saltou a
curiosidade em minha coleção pelo fato do Barão do Rio Branco ter sido ministro
da República Velha e sua passagem pelo governo marcou a política externa
brasileira, inclusive empresta seu nome à escola responsável pela formação dos
diplomatas brasileiros, o Instituto Rio Branco.
Duas cédulas foram estampadas com características
muito parecidas e trazendo o barão como tema:
A primeira cédula de "Um Barão" ( Um mil Cruzeiros) também conhecida por alguns colecionadores como "Cabeção" da mesma série da cédula de 500 cruzeiros Etnia
A segunda cédula de " Um Barão" (Um Mil Cruzeiros) foi confeccionada para a série da nova familília dos Cruzeiros onde todas as notas foram inspiradas em cartas de baralho, para onde virar a nota se tem a mesma leitura.
Só mais uma curiosidade sobre o barão, que foi
ministro das relações exteriores durante dez anos consecutivos. Ele foi uma
figura tão importante que, por causa de sua morte, numa sexta-feira anterior ao
carnaval de 1912, a festa mais popular no país foi adiada para o mês de abril,
um feito único na história brasileira.