Por tratar-se de um país agrário, as necessidades de moeda dependiam do
ciclo da colheita. Quando os agricultores vendiam seus produtos, os
depósitos se acumulavam nos bancos das regiões agrícolas e provocavam
uma escassez de fundos nos bancos das regiões industriais do Leste. Os
national banks, não podendo ter sucursais, careciam de um mecanismo para
canalizar os recursos excedentes. Como não havia um banco central para
emprestar reservas, não havia nenhum meio de enfrentar essas flutuações,
exceto mediante a modificação brutal das taxas de juros e a declaração
de falências dos bancos. Essa situação, agravada pela grande absorção de
numerário de um Tesouro independente e a falta de uma regulamentação
bancária estrita, provocava instabilidade extrema e freqüentes crises.
Para muitos, essa instabilidade devia-se à falta de numerário, que beneficiava os que estavam interessados em que a prata fosse a base do sistema monetário norte-americano Foi assim que William Jennings Bryan lançou um movimento em favor da “prata livre” (free silver movement), com o objetivo de poder cunhar livremente esse metal como dinheiro legal. Em 1878 a lei Bland-Allison autorizou os bônus de prata do Tesouro, que se converteram em dinheiro legal em 1886. Em 1890 a Sherman Silver Act praticamente obrigava o Tesouro a adquirir a produção total das minas de prata dos EUA. Em 1882 foram adotadas medidas similares para os bônus de ouro, mas nenhuma delas deu à circulação monetária a flexibilidade esperada.
Esse sistema criou graves dificuldades não só internas, como também internacionais. Na verdade, a única maneira de compensar os câmbios da demanda interna de numerário eram as operações no mercado mundial; estas, por sua vez, provocavam uma instabilidade no funcionamento do sistema monetário internacional. Isso foi o que aconteceu em 1893, quando se propagou bruscamente o medo de os EUA não respeitarem a conversão da dívida pública em ouro, saldando-a, ao invés disso, em prata, cujo preço nos mercados internacionais estava caindo, o que provocou uma fuga de ouro incontrolável e a falência de diversos bancos.
Para muitos, essa instabilidade devia-se à falta de numerário, que beneficiava os que estavam interessados em que a prata fosse a base do sistema monetário norte-americano Foi assim que William Jennings Bryan lançou um movimento em favor da “prata livre” (free silver movement), com o objetivo de poder cunhar livremente esse metal como dinheiro legal. Em 1878 a lei Bland-Allison autorizou os bônus de prata do Tesouro, que se converteram em dinheiro legal em 1886. Em 1890 a Sherman Silver Act praticamente obrigava o Tesouro a adquirir a produção total das minas de prata dos EUA. Em 1882 foram adotadas medidas similares para os bônus de ouro, mas nenhuma delas deu à circulação monetária a flexibilidade esperada.
Esse sistema criou graves dificuldades não só internas, como também internacionais. Na verdade, a única maneira de compensar os câmbios da demanda interna de numerário eram as operações no mercado mundial; estas, por sua vez, provocavam uma instabilidade no funcionamento do sistema monetário internacional. Isso foi o que aconteceu em 1893, quando se propagou bruscamente o medo de os EUA não respeitarem a conversão da dívida pública em ouro, saldando-a, ao invés disso, em prata, cujo preço nos mercados internacionais estava caindo, o que provocou uma fuga de ouro incontrolável e a falência de diversos bancos.